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Vejam como o jogo de empurra partidário continua resultando em mortes de pessoas pobres por falta de assistência. Em sessão especial na Câmara Municipal de Belém, o secretário de Estado de Saúde, Hélio Franco, disse que o Pará recebe do Ministério da Saúde R$ 735 milhões para a média e alta complexidade, dos quais R$ 234 milhões destinados a Belém e R$ 311 milhões para manter os Hospitais Estaduais – sendo que, do total, R$ 148 milhões são para atender Belém, já que 70% dos pacientes nos hospitais públicos são da capital – e as Unidades Especializadas e Centros de Atenção Psicossocial, cujos pacientes são 100% da capital.
Alegou também que desde o ano passado a Sesma está retendo R$ 11 milhões, referentes ao pagamento da Gratificação de Desempenho Institucional, verba carimbada para tal. O secretário de Saúde de Belém, Sérgio Pimentel, diz que é mentira e que a capital arca com os doentes do interior.
O titular da Sespa também afirma que mantém servidores estaduais trabalhando em unidades municipais, ao custo de R$ 4,5 milhões ao ano. E que a Atenção Básica é responsabilidade do município mas, apesar disso, o governo do Estado repassa R$ 2,5 milhões a todos os 143 municípios paraenses.
Ah! Hélio Franco criticou a postura do Ministério Público Federal, “que não faz nada para o governo federal dar mais atenção ao Pará, um Estado de dimensões continentais e peculiaridades geográficas, que dificultam as ações de saúde pública”(!).
O Pará recebe o menor valor per capita para investimento em saúde – menos de R$ 100 por ano -. E cadê a bancada paraense na Alepa, na Câmara e no Senado, que não se mexe? Como se vê, o problema não se resume à falta de recursos financeiros, e sim à péssima gestão e inércia política.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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