Nas Repúblicas formais, cada ente federativo edita sua própria constituição na obrigação de observar o princípio da simetria constitucional perante a ordem estabelecida nacional. Nossa Carta soube rejeitar todas as formas de colonialismo, opressão, objetivando uma sociedade justa, pluralista, igualitária, cultural, primando pelo regime democrático onde a justiça se estabelece.
Em 1939 a então Tchecoslováquia foi invadida pela Alemanha nazista de Hitler e em 1948 dominada pela própria União Soviética Comunista de Stalin que a libertou do Nazismo juntamente com as forças aliadas, mas a submeteu, contudo, a outra dominação.
Somente em 1989 o país recuperou sua liberdade por via pacífica através da “Revolução de Veludo”, liderada pelo escritor e dramaturgo Vaclav Havel que seria o primeiro Presidente da República Tcheca.
Tenho relacionado essa nação como um dos maiores cenários da área de direitos humanos, sempre desejando demonstrar ao Brasil e aos países da América Latina que as experiências de muitas nações servem de ensinamentos para o aprimoramento da democrática ocidental.
A antiga Tchecoslováquia enfrentou dois regimes autoritários que fizeram desse povo um exemplo de resistência: o nazismo e o comunismo, cada qual com seus discursos e atitudes execráveis sobre a humanidade. Nessa dominação vários juristas foram perseguidos, tribunais corrompidos, rasgando-se a ordem estabelecida.
Ignorar constituições e perseguir juristas foram ações idiopáticas do nazismo, muito menos que a dos operários que desafiaram indeliberadamente Hitler no episódio pitoresco descrito no livro do escritor tcheco, Jiri Weil, “Mendelssohn is on the Roof”:
Durante a ocupação nazista, Hitler ordenou a retirada da estátua do compositor judeu Mendelssohn do Teatro Rudolfinum (onde encontra-se a Orquestra Sinfônica de Praga). Lá chegando, os operários não souberam identificar quem era Mendelssohn, escolhendo então a estátua do mais narigudo para transportar e que seria a de Richard Wagner, o compositor preferido do Führer.
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