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O clima está péssimo no PT parauara. Um grupo de filiados históricos pediu a impugnação da filiação de Josenir Nascimento, virtual primeiro suplente de Beto Faro na chapa ao Senado.

Considerados petistas beneméritos, desvinculados das tendências internas, eles encaminharam ontem à noite ao Diretório Regional do PT-PA o documento. E justificam a recusa da filiação alegando que Josenir Nascimento é pessoa de confiança da família Barbalho, que controla o MDB no Pará, e seu ingresso na sigla tem como objetivo funcionar como “barriga de aluguel” do partido do governador Helder Barbalho e do senador Jader Barbalho, a fim de gerar um suplente de senador. Argumentam os autores do pedido que a vaga de suplente da candidatura ao Senado Federal já fora definida pelo Encontro Estadual do PT, no dia 14 de janeiro de 2022. O documento termina com um desabafo: “os signatários não aceitam que o partido que governa o Pará dite regras a uma agremiação que possui métodos e instâncias de decisões democráticas”.

É tão ruim a situação que o ex-secretário de Estado de Educação do Pará, Luis Cavalcante, um dos fundadores do PT, postou em sua página no Facebook um “Fora, Josenir!”, com a ficha de filiação dele. A Comissão Executiva Estadual está reunida para tentar uma solução ao impasse, mas está difícil. Os grupos liderados pelo senador Paulo Rocha e pelo deputado federal Zé Geraldo não abrem mão de seus espaços. Até porque tudo foi definido em janeiro, após meses de negociações internas para pacificar o partido, e agora Beto Faro tenta empurrar goela abaixo articulação extrapartidária.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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