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A população
de Belém quer saber: por que tapar o canal da Doca e construir, a toque de caixa e na reta final do
mandato, uma praça em cima de um esgoto a céu aberto, com cheiro de podridão,
se a prefeitura sequer limpa do mato e lixo as praças já existentes? No
mesmíssimo local, aliás, qualquer um pode ver até roupas de flanelinhas e
moradores de rua estendidas nos bancos.
Por que o
prefeito Duciomar Costa não constrói praças e equipamentos de lazer na
periferia, onde bairros inteiros não têm um só espaço para uso das famílias,
obrigadas a gastar dinheiro e sofrer em engarrafamentos para se deslocar?
Para
informação do prefeito, a população de Belém vive literalmente em cima da merda
– perdoem-me, mas não há como usar outro termo senão o escatológico – por falta
de saneamento básico e interesse dos governantes em priorizar condições dignas
de moradia, o que reduziria pela metade as doenças. Terá, ainda, que se
distrair em cima do mesmo material?
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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