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Fotos: Letícia Miranda e Karina Lopes

A inédita prisão do empresário Pedro Antonio Pereira da Silva, dono da Companhia Brasileira de Bauxita-CBB/USPAM, pela contaminação causada no município de Ulianópolis, abre a porteira para futuras ações em um setor em que proliferam denúncias. O Ministério Público do Estado do Pará já acionou judicialmente outras 18 empresas, requerendo a responsabilização destas pelos danos causados ao meio ambiente e à população. Vejam quais são elas aqui.


Condenado na ação criminal nº 0000075-37.2004.8.14.0130, como incurso em crime ambiental e estelionato, desde 2002 Pedro Antônio estava sumido. Não prestou esclarecimentos em qualquer fase do processo. Mas anteontem o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco – do Ministério Público do Estado de São Paulo – Núcleo Campinas, atendendo a pedido de colaboração do Gaeco do MPE-PA, conseguiu deter Pedro Antônio Pereira da Silva, cuja prisão preventiva estava decretada desde o dia 10 de novembro de 2014. 

Conforme os autos, o empresário foi responsável pela disposição inadequada de mais de trinta mil toneladas de rejeitos industriais em território paraense, recebidos entre 1999 a 2002 de várias multinacionais, substâncias em sua maioria de alta periculosidade, com elevado risco à saúde e à vida de quem manusear, mantiver contato prolongado ou ingerir. 

O grupo do MPPA é composto pelo procurador de justiça Nelson Pereira Medrado e promotores de Justiça Nilton Gurjão das Chagas, José Godofredo Pires dos Santos, Louise Rejane de Araújo Silva, Sabrina Daibes Sanches, Márcio Silva Maués de Faria, Brenda Corrêa Lima Ayan, Maria Cláudia Vitorino Gadelha e Artur Diniz Ferreira de Melo. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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