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Pautas que foram ignoradas ou rejeitadas pelos ex-dirigentes da Companhia Docas do Pará estão sendo amplamente debatidas pelos funcionários com o novo presidente da CDP, Jardel Rodrigues da Silva, que está se notabilizando pela habilidade no trato com o pessoal do quadro da estatal. O conselheiro Cileno Borges, o mais atuante no Consad (Conselho de Administração), onde representa os empregados da CDP, é só elogios. “O presidente Jardel recebe muito bem os trabalhadores e ouve a todos com muita atenção, sobre assuntos que são passíveis de aprovação no Conselho de Administração. Em recente reunião, os temas foram muito bem colocados pelos presentes, ficando o pedido de priorizar nossas demandas e resgatar a valorização, o respeito e tratamento digno que os empregados desta companhia tanto merecem”.

A pauta de reivindicações inclui o restabelecimento do adicional de risco – que foi extinto em 2019 pelo ex-presidente Eduardo Bezerra sem qualquer justificativa plausível – , novo PECFC – Plano de Empregos, Cargos e Funções Comissionadas, PDVI – Plano de Demissão Voluntária e Incentivada e PUCS – Plano Unificado de Cargos e Salários, demandas dos administrativos e auxiliares portuários, e reforma geral da portaria do Porto de Vila do Conde, em Barcarena.

Para celebrar os 56 anos da CDP, Jardel almoçou há poucos dias com os portuários, e conquistou a simpatia geral. “Pelo que percebo, os colaboradores gostaram e tenho recebido manifestação de alguns companheiros e companheiras no sentido de que o presidente Jardel tem deixado uma boa impressão, estão esperançosos e confiantes”, comentou Cileno, que não é de elogio fácil.

O técnico portuário Edinaldo Barros, lotado no Porto de Vila do Conde, também tem boas expectativas, depois de expor a Jardel a mudança no ambiente de trabalho do Terminal de Granéis Líquidos com a implantação de uma base específica para movimentação de líquidos inflamáveis, pelo que houve a necessidade de atualização do LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho), incluindo a análise dessa operação, assim como a elaboração do Laudo Periculosidade e Insalubridade relativa a operação no TGL.

“Em conversa com o Dirpre (sigla de diretor presidente, jargão dos portuários) sobre a nossa demanda do adicional de risco, iniciei minha fala relatando desde a retirada em 2019, abordando também o novo cenário que se instalou com a chegada da Utracargo, culminando com atualização do LTCAT e gerando processo sobre o tema. Pontuei a questão do que está sendo alegado no processo, com o termo “eventualidade”, relatei que é algo tenebroso para a CDP, pois se considerarmos que nossas idas ao TGL são eventuais o termo vai de encontro ao que diz a resolução 75 da Antaq, que prevê multa de até R$200 mil para a companhia se deixarmos de exercer efetivamente a fiscalização na área. Falei do impacto financeiro que isso nos causa, que é valor baixo (menos de R$200 mil) para um porto que tem arrecadação de quase 80% de toda a CDP. Relatei onde o processo se encontrava e o motivo, que não estava sendo contestado se existia ou não a periculosidade e sim se tínhamos ou não direito; porém deixei claro que quem vive a operação sabe que fiscalização eventual está fora de cogitação. No final também falei do quantitativo deficitário de funcionários. Além de mim participaram mais três funcionários com outras demandas e o Dirpre nos atendeu super bem, tomando nota das necessidades apontadas e pediu tempo e apoio, está disposto a atender nossas demandas”.

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