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Fotos: Tamara Saré
 Foto: Leisi Florenzano

 Foto: Tamara Saré
Foto: Leisi Florenzano
A cada ano, a lindeza da fé e das tradições do índio, do negro e toda a miscigenação que deu origem ao caboclo amazônida se renova e se supera durante o Círio Fluvial Noturno de Oriximiná, que acontece há quase sete décadas. No domingo, a movimentação de embarcações de todos os tamanhos começou bem cedo, rumo à comunidade Santa Maria Gorete (Aimin, nome indígena mantido pelos ribeirinhos), de onde o cortejo com a imagem de Santo Antônio partiu, às 18h, em procissão que deixou um rastro de luz e cor no rio Trombetas, até o porto da cidade.
No trajeto, centenas de homenagens: fogos de artifício, luzes nos barcos enfeitados com muitos balões, além das tradicionais milhares de miniaturas de barcos com velas coloridas que, soltas ao sabor do vento, proporcionam um espetáculo intraduzível. É pura poesia. Cada vela representa um pedido, um agradecimento, uma promessa ou simplesmente um gesto de devoção de um nativo ou turista. Os barquinhos são confeccionados sobre uma base de aninga, que ajuda na flutuação. Este ano, mais de 10 mil deles foram produzidos para a festividade.
Após quase quatro horas de viagem, por volta das 20:30h, a balsa conduzindo a berlinda chegou no cais da cidade, recebida com uma salva de fogos e o som das buzinas dos barcos. 
Retirada da berlinda pelo bispo diocesano Dom Bernardo, a imagem do padroeiro seguiu pelas ruas até a Igreja Matriz, onde foi celebrada missa em honra a Santo Antônio, acompanhada por milhares de fiéis. As fotos são de Leisi Florenzano e de Tamara Saré.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Círio Fluvial Noturno de Oriximiná

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