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Emilia Snethlage foi uma das primeiras mulheres a cursar universidade na Alemanha e a primeira mulher a assumir, no Brasil e na América do Sul, a diretoria de uma instituição expressiva no meio científico. Doutora em História Natural em 1904, summa cum laude (máxima excelência), em 1905 veio ser pesquisadora do MPEG, onde trabalhou sob orientação do naturalista suíço Emílio Goeldi, na época diretor do Museu. Em 1914, Snethlage chegou a diretora do Goeldi, até 1917, quando o Brasil declarou guerra à Alemanha. Cessadas as hostilidades foi reempossada, e ficou no cargo até 1921. O “Catálogo das Aves amazônicas”, seu trabalho de maior destaque, inicia com um esboço da região amazônica e um resumo das explorações ornitológicas feitas pelos naturalistas Humboldt e Spix. Outro feito marcante de sua trajetória como zoóloga foi a travessia dos rios Xingu e Tapajós, em 1909, até então quase desconhecidos, acompanhada apenas por índios da região. Essa interessante personalidade é tema da dissertação de mestrado da historiadora Miriam Junghans, que será defendida ainda no primeiro semestre de 2009, prosseguindo na pesquisa em seu doutorado.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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