Um pastor de igreja evangélica localizada no município de Breves, no arquipélago do Marajó, foi condenado a 39 anos de prisão por estupro de vulnerável, exploração sexual e por possuir e armazenar pornografia infantil, com o agravante de que ele exercia autoridade sobre as vítimas em razão do seu cargo na igreja. Os crimes foram denunciados no ano passado pelo Ministério Público do Estado do Pará, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Breves, que apurou o uso da função de líder religioso para aliciar adolescentes do grupo de jovens da igreja que congregava e ter livre acesso às residências, ganhando assim a confiança dos familiares.
Durante a investigação, foi descoberto que o homem estuprou um adolescente de 13 anos entre o segundo semestre de 2019 e o final de agosto de 2020. Além de induzir e atrair outros adolescentes do grupo de jovens à exploração sexual, ele oferecia vantagem econômica, prometendo smartphones, pacotes de internet e crédito de celular.
Após a perícia nos aparelhos do pastor foram encontradas conversas e materiais armazenados, como fotos e vídeos, de conteúdo explícito com menores de idade. Dentre eles, o adolescente vítima do estupro. De acordo com a 1ª Promotora de Justiça de Breves, Patrícia Carvalho Medrado Assman, “restou comprovada a obsessão doentia que nutria com relação a este adolescente, inclusive com intenção de morar e manter relações sexuais com ele”. Também foi averiguado nas conversas que o sentenciado dizia ser da França e estava em Breves para levar discípulos em sua volta ao país.
A promotora de justiça enfatiza a importância das vítimas, seus familiares e da comunidade denunciarem os casos de abuso e exploração sexual envolvendo crianças e adolescentes. E reitera que vem atuando de forma intensa no enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes no Marajó.
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