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Foto: Ozéas Santos
A seguradora da CNA – Companhia de Navegação da Amazônia, do grupo Libra, está sendo cobrada num montante que já alcança R$170 milhões, a título de danos materiais causados pela colisão de uma balsa, que prestava serviço para a Agropalma e transportava 900 toneladas de dendê, contra a estrutura da ponte sobre o rio Moju, na noite de domingo, 23 de março de 2014. O custo final da recuperação da ponte gira em torno de R$46 milhões, mas o governo do Estado está acionando judicialmente a empresa para que custeie não só o conserto do estrago, mas também todos os serviços e obras adicionais que precisaram ser feitos a fim de atender demandas em razão dos enormes transtornos no entorno, como por exemplo a pavimentação da estrada vicinal dos quilombolas  e da PA-252, ao longo de 12 vilas, seriamente impactadas pelo sinistro, além do serviço de travessia de veículos por três balsas, operadas em regime de revezamento, enfim, todos os custos comprovadamente relacionados ao acidente. O Estado está antecipando os recursos mas terá que ser ressarcido. A informação foi dada pelo secretário de Estado de Transportes, Kleber Menezes, hoje, em reunião-almoço na Alepa que terminou às 16:30h. 

Articulado e desenvolto, Kleber Menezes falou sobre as obras e projetos da Setran e ganhou crédito de deputados de todas as matizes partidárias. Até do líder do PMDB, deputado Iran Lima, que não fala de outra coisa a não ser da ponte do Moju, município de onde foi prefeito. Homenageado como aniversariante do mês, em brevíssima pausa na reunião, com direito a bolo, coro de parabéns e até presente – que abriu desconfiadíssimo de uma pegadinha -, Iran Lima aceitou tudo o que foi dito e acrescentou que está satisfeito com a notícia de que a ponte ficará pronta até 31 de dezembro deste ano, podendo até ser concluída no fim de outubro. Por sua vez, Kleber foi logo dizendo que, antes de assumir a Setran, como cidadão sentia indignação diante da longa temporada de 13 meses sem avanços visíveis na recuperação da ponte, “principal vitrine onde os adversários do governador lançam suas pedras”, e garantiu não existir mais nada que não tenha sido resolvido, toda a metodologia executiva foi definida, vários laudos fora elaborados por especialistas, obras e serviços mitigadores estão sendo executados para minimizar os problemas em decorrência da interdição da ponte. 

Kleber salientou que faz reuniões semanais com a empreiteira, que o governo está fazendo o asfalto na cidade em Moju, via Sedop, e lançou um repto. Garantiu que não haverá aditivos de prazo ao contrato da ponte, que se por ironia do destino em 31 de dezembro a ponte não ficar pronta a empresa será multada por cada dia de atraso e, se receber ordens para aditivar o prazo do contrato, pedirá sua exoneração. 

Vamos acompanhar e cobrar.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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