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“História da população negra em Vigia no contexto da escravidão (sec. XIX)”, o 22° livro publicado por Paulo Cordeiro, será lançado no estande do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, durante a Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes.

Tema relevante e instigante para a memória do município de Vigia e para a historiografia da Amazônia, a pesquisa tem abordagem em fontes escritas, tais como inventários, testamentos, prestações de contas de irmandades, sumários de crimes, lista de emancipação de 1877 e livro de contas entre outras do século XIX. O autor também recorreu aos jornais O Espelho (1878/9) e O Liberal de Vigia (1877/8).

Na obra, há notícia acerca dos primeiros homens negros no Lugar de Vigia, através da documentação do Arquivo Histórico Ultramarino (Portugal) e a quantidade estimada da população negra no século XVIII, do Recenseamento do Grão-Pará de 1778, que se revelaram fontes preciosas.

A obra dá visibilidade à cultura do povo negro em Vigia e mostra as formas de trabalho e articulações de resistência no cotidiano de uma sociedade escravocrata. Porém, o livro retrata o homem negro como protagonista da História, e não aquele pobre coitado que vivia açoitado como mostram alguns livros didáticos. O autor buscou a humanização do negro como sujeito, identifica a pessoa negra, pessoa escravizada e não confunde escravidão com cor de pele.

O livro já foi lançado no último dia 3 de agosto no Museu Municipal de Vigia, com direito a mesa de conversa e diálogos sobre a cultura do povo negro em Vigia, música ao vivo e coquetel.

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