0
Ontem, por razões profissionais, procurei a PF. Soube que delegados e até escrivães tinham embarcado para uma operação, lógico que sigilosa. Fiquei de orelha em pé. Hoje, às 15h30, dei um pulo lá. Logo na chegada, vi que havia muito rebuliço. Não à toa: acabara de chegar o pessoal da Operação Sinal Vermelho II com presos de Altamira, que deveriam ser ouvidos em depoimento, e faltara energia elétrica. Vocês imaginam o calor no prédio e a agonia daquele monte de gente, inclusive advogados e jornalistas. Queria muito ter informado logo na hora, mas o dever me chamou e só agora estou livre para postar.
Vamos lá: os 22 presos (mais 14 estão sendo procurados) integram uma quadrilha especializada em fraudar emissão de carteiras de habilitação e vistoria de veículos nas agências do Detran-PA, cuja atuação já havia sido descoberta em 04.06.2008, quando eles foram presos temporariamente. Na época, a Justiça Federal entendeu que o caso era da esfera estadual e recambiou o processo. Por isso, o MPE solicitou e foi decretada a prisão preventiva de todos os envolvidos, além da expedição de 21 mandados de busca e apreensão.
Quatro foram presos em Belém, 1 em Xinguara, 1 em Conceição do Araguaia, 1 em Medicilândia e 15 em Altamira – entre eles, os subtenentes Jorge Correia de Souza, Jerry Emerson Menezes Arrais e Ednaldo Barros Martins, e o major André Luiz Novaes de Almeida, irmão do atual comandante geral do Corpo de Bombeiros. Em Belém, foram apreendidos arma, documentos e computadores, que serão periciados.
No caso, o Grupo Especial de Repressão e Prevenção as Organizações Criminosas do MPE, coordenado pelo promotor Milton Menezes, atua em conjunto com a Polícia Federal.
Através de nota oficial, o Governo do Estado disse que “acompanha com especial interesse a Operação Sinal Vermelho 2 e reafirma seu integral apoio a todo tipo de ação de combate à corrupção e de garantia da moralidade no serviço público. Diante da importância das investigações, iniciadas ainda em 2008, a orientação do governo estadual é de que todos os esforços sejam feitos para o esclarecimento cabal das irregularidades denunciadas e para a punição cabível de todos os envolvidos.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Estreia de Dido & Aeneas

Anterior

Circo armado

Próximo

Vocë pode gostar

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *