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A Operação Java, da Polícia Federal, reprimiu hoje esquema de fraudes nas compensações de créditos tributários junto à Receita Federal no Distrito Federal, Bahia, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Ao todo, os policiais cumpriram 42 mandados judiciais. Foram 7 de prisão temporária, 2 de condução coercitiva e 10 de busca e apreensão no DF; 2 de prisão temporária, 4 de condução coercitiva e 4 de busca e apreensão em SP; 1 de condução coercitiva na BA; 4 de condução coercitiva em GO; 1 de condução coercitiva no PA; 2 de prisão temporária e 3 de busca e apreensão no RJ; e 1 de prisão temporária e 1 de busca e apreensão em SC.  A quadrilha utilizava créditos fantasmas para quitar dívidas com o fisco via programa Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação. Diversas empresas adquiriam esses créditos, pagando valores inferiores ao devido, para demonstrar regularidade com a Fazenda e participar de licitações públicas. Para se ter uma ideia, a arrecadação federal de agosto deste ano até caiu, tal o dano aos cofres públicos. 

O nome Java  é uma referência aos sistemas da Receita Federal. A PF já usou nomes tecnológicos no passado. Em 2006, a Operação Ctrl+Alt+Del combateu o furto de senhas de banco na internet; a Operação I-Commerce prendeu pessoas que faziam produtos piratas e os vendiam online; e a Operação Tráfico.com desmontou esquema para vender medicamentos proibidos pela internet.
Em 2007, a Operação Pen Drive prendeu quadrilha que clonava cartões de crédito e débito no Brasil para efetuar saques na China, Rússia e Argentina. E, este ano, a Operação Hashtag investigou suposta célula do Estado Islâmico no Brasil. 

Detalhe: quem começou a tradição de nomes curiosos para as operações da PF foi o ex-diretor executivo Zulmar Pimentel, que – vejam só! – foi afastado do cargo em 2007 após uma investigação interna.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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