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Estelionato, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, agiotagem, falsificação de documentos públicos, falsidade ideológica, fraudes. São muitos os embasamentos da Operação Asfixia, que mobilizou hoje cedinho 150 policiais federais, divididos em 37 equipes, que cumpriram em Belém, Marabá, Parauapebas e Xinguara 51 medidas judiciais: 5 prisões preventivas, 3 prisões temporárias, 9 conduções coercitivas e 35 mandados de busca e apreensão, em empresas, cartórios, órgãos públicos e secretarias vinculadas às prefeituras de Marabá, Parauapebas e Xinguara.

O “X”da questão é esquema criminoso em licitações públicas de gases destinados a hospitais, operado por um grupo de empresários e funcionários públicos. A PF estima que tenham sido desviados mais de R$ 30 milhões. O caráter competitivo dos certames licitatórios eram fraudados, com o direcionamento das exigências do edital de maneira a favorecer apenas uma das empresas participantes do  consórcio criminoso. Após a vitória de uma delas, as “perdedoras” eram subcontratadas pela vencedora. Também foi detectado alto grau de influência junto a órgãos e a servidores públicos federais, estaduais e municipais. 

Os indiciados criaram empresas de fachada, algumas registradas em nome de “laranjas”, a fim de dificultar o rastreamento dos reais proprietários. A quantidade de recursos públicos desviados foi tal que um parecer do Conselho Municipal de Saúde de Parauapebas chegou a afirmar que a quantidade de gases contratada para seis meses daria para abastecer, por um ano, a cidade de Goiânia(GO), que é muitíssimo maior e mais populosa. 

Em três anos, os investigados faturaram mais de R$ 30 milhões.
Dentre os bens apreendidos e perdidos pelos criminosos, há carros de luxo, aeronaves (aviões e helicópteros), uma lancha avaliada em mais de R$ 700 mil, além de uma fazenda com pista de pouso para jatos executivos. O patrimônio foi adquirido a partir do desvio de recursos públicos do SUS. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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