Publicado em: 1 de novembro de 2025
O tempo se faz presente,
nas manhãs que desvelam sob as sombras das mangueiras,
no suave murmúrio das águas que acariciam a cidade,
no voo preguiçoso das garças que deslizam sobre o rio.
É aqui, neste lugar,
no olhar que guarda histórias nas fachadas desgastadas,
no aroma da chuva que revive memórias esquecidas,
nos ecos distantes de um sino que sinaliza a chegada da tarde.
O tempo é o vento que passa e se instala,
é a saudade que reside, escondida, nas esquinas,
é o riso contagiante que persiste no entrelaçar de praças,
é o bater do coração invisível da vida que se renova incessantemente.
O tempo se revela aqui,
onde o passado dorme tranquilamente em cada pedra marcada,
e o futuro surge delicadamente,
entre o canto dos vendedores e o silêncio profundo do cais.
O tempo é aqui —
um espaço onde tudo vive intensamente,
onde tudo se abraça em sua essência,
onde Belém respira a eternidade em cada instante.






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