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Quando um órgão responsável e garantidor da segurança pública viola os deveres morais, éticos e legais do ordenamento social, com ações que contrariam os preceitos constitucionais, põe em risco toda a sociedade. O relato de uma pacata família, vítima da conduta nefasta de agentes da Polícia Rodoviária Federal, em Marituba(PA), ontem à noite, documentado com fotos que correm as redes sociais, choca pela violência perpetrada. Ricardo da Cunha Bezerra, sua esposa Michelle – grávida de 7 meses – e sua mãe, a professora Vanja da Cunha Bezerra, tiveram seu carro crivado de balas pela PRF quando passaram na barreira perto da Alça Viária, simplesmente porque o veículo foi confundido com outro com as mesmas características, que estava sob perseguição policial. Vanja foi baleada, está internada, e felizmente não corre risco de morte. A família, além do terrível abalo emocional, ainda teve que passar a madrugada inteira entre a delegacia de polícia e o hospital, e está sem o seu meio de transporte. 

Quantos inocentes já não morreram por ações desastradas como essa? A  família – ironia do destino ! – estava indo a um retiro espiritual localizado na BR-316. 

A Corregedoria da PRF já informou que vai tomar medidas para esclarecer o caso, afirma que não compactua com desvios de conduta e que não haverá impunidade. Garante que a família será indenizada pelos danos materiais e morais sofridos, embora nada vá apagar tais momentos de terror de suas vidas quase ceifadas de modo tão irresponsável por quem deveria defendê-las. É preciso mais: os culpados devem ser punidos e os demais advertidos para que nunca, jamais, cometam o mesmo engano. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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