Foi impossível conter o choro de felicidade por causa da conquista do bronze pela equipe feminina de ginástica artística, um feito inédito para o Brasil. Competindo com países de enorme tradição no esporte – e com Simone Biles, uma das atletas mais famosas e admiradas do mundo – as meninas canarinhas deram um show de garra, mostrando que as estrelas da ginástica brasileira estão construindo um sólido caminho para que esta e as próximas gerações subam em degraus cada vez mais altos.
A medalha na ginástica olímpica feminina é uma grande prova do poder de transformação que políticas públicas sérias de fomento ao esporte têm. A maioria das atletas brasileiras são frutos de projetos sociais que impactaram não só suas vidas, mas de toda uma nação. São integrantes da equipe brasileira as ginastas Rebeca Andrade, Lorrane Oliveira, Jade Barbosa, Flavia Saraiva e Júlia Soares. A paraense Andreza Lima participou da conquista como reserva.
Flávia Saraiva se classificou para o individual geral, que acontecerá no dia 1º de agosto e Júlia Soares competirá na final da trave, dia 5. Rebeca Andrade, indiscutivelmente a nossa grande estrela, competirá nas finais do individual geral, da trave, do salto (dia 3), e solo (dia 5). Ela só não classificou para as barras assimétricas. Na competição de hoje, Rebeca teve uma pontuação no salto (15.100) mais alta do que Simone Biles (14.900). O aparato é notoriamente a especialidade da estadunidense e onde ela introduziu movimentos extremamente complexos: o “Biles” e o “Biles II”. Rebeca, em Paris, também inscreveu um movimento inédito, de alta complexidade, que se for executado ganhará seu nome. Na pontuação geral, hoje, Rebeca fez 57.966 pontos enquanto Simone fez 58.332 pontos.
As próximas competições prometem muitas emoções. O Brasil inteiro, com certeza, vai parar pra ver nossas meninas brilharem.
Foto: Miriam Jeske/COB
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