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O arquiteto Antonio Carlos Lobo Soares foi nomeado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo César Alvim, novo diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi. A portaria do MCTI foi publicada no Diário Oficial da União em 16 de novembro. A atual diretora, bióloga Ana Luisa Albernaz, em comunicado interno, agradeceu a contribuição de todos com a sua gestão.

O processo de escolha do novo diretor do Museu Goeldi foi feito por um Comitê de Busca composto pelo presidente do CNPq e representantes da Embrapa Oriental, Instituto Mamirauá e Universidades de São Paulo e Lavras. Concorreram ao cargo três pesquisadores do MPEG e outros dois da UFPA, todos doutores, com excelentes currículos acadêmicos.

Em entrevista exclusiva ao Portal Uruá-Tapera, o novo diretor – que está de quarentena, acometido de Covid-19) – enfatizou que pretende resgatar a capacidade do Museu Goeldi unir as pessoas, colaboradores e visitantes, e realizar parcerias com outras instituições, públicas e privadas, em prol do desenvolvimento da região amazônica. Para isso, as primeiras ações envolvem a recuperação da imagem da sesquicentenária instituição diante da opinião pública. “Agradeço a Deus, à minha família, aos amigos e colegas que contribuíram para este momento. Iniciei no Museu Goeldi como bolsista em 1982, hoje sou tecnologista sênior e em dezembro de 2022 completarei 40 anos dedicados a esta instituição secular amazônica. Desde que decidi concorrer à direção do Museu, coleciono palavras de incentivo de dentro e de fora do Museu, que me fortaleceram e motivaram nesta caminhada”, declarou.

Antonio Carlos Lobo Soares é arquiteto PhD, museólogo e artista plástico. Paraense de Belém, tem 63 anos. Em 1980 iniciou carreira técnica na então Secretaria de Estado de Cultura, Desportos e Turismo, dedicado à restauração do patrimônio histórico do Pará. Em 1982 ingressou com bolsa do CNPq no Museu Paraense Emílio Goeldi e em 1985 foi contratado como arquiteto (hoje Tecnologista Sênior), e desenvolveu exposições, ações educativas e projetos, com destaque ao que reformulou o Parque Zoobotânico com recursos da Companhia Vale do Rio Doce. No Museu Goeldi chefiou as Divisões do Parque Zoobotânico e Museografia & Pesquisa Museológica. Coordenou o Departamento de Museologia, a Comunicação & Extensão, o Grupo de Gestão Estratégica, a Estação Científica Ferreira Penna, na Floresta Nacional de Caxiuanã, em Melgaço, no arquipélago do Marajó; e o Núcleo de Engenharia & Arquitetura.

Integrou as comissões de criação do Museu da UFPA e do Parque Ecológico do Utinga, em Belém; do “Bosque da Ciência”, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus-AM; do espaço expositivo do Centro Cultural da Justiça Eleitoral do Pará e do Curso de Museologia da UFPA. Cedido ao Governo do Pará (1994-95), implantou e dirigiu o Museu do Estado no Palácio Lauro Sodré; e na Prefeitura de Belém (2003-05) coordenou o Projeto Monumenta Belém, financiado pelo Ministério da Cultura e o BID.

Antonio Carlos Lobo Soares aperfeiçoou-se em Biologia e Manejo de Animais Silvestres em Cativeiro pela Fundação Parque Zoológico de São Paulo e Smithsoniam Institution, Washington-DC, USA; em Administração de Projetos Culturais pela Fundação Getúlio Vargas e concluiu o mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano pela Universidade da Amazônia. Com bolsa do CNPq obteve o Diploma de Formação Avançada em Engenharia Acústica e o grau de Doutor em Arquitetura com distinção pela Universidade de Lisboa, Portugal, estudando a paisagem sonora de parques urbanos.

Foi membro das diretorias da Sociedade de Zoológicos do Brasil, Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciências, Conselho Federal e Regional de Museologia; Associação dos Artistas Plásticos do Pará e Sociedade Brasileira de Acústica. Sua produção científica inclui dois livros, quatro capítulos de livros; artigos em revista científica nacional e internacional; em jornais e em revistas regionais; além de trabalhos em anais de eventos científicos, conferências e seminários nacionais e internacionais, crônicas em websites e blogs.

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