A indicação para uma diretoria colegiada da Antaq é uma briga de foice no escuro. A nomeação é prerrogativa do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), que já controla uma das três cadeiras da agência e quer o ouvidor-geral da Antaq, Paulo Vieira (vetado, no fim do ano passado, no Senado, para a diretoria da Agência Nacional de Águas) na outra vaga.
Mas o ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), o Comando da Marinha e o vice-presidente da República, José Alencar (PRB), apoiam a recondução do almirante Murillo Barbosa – apoiado também pelos empresários da área de navegação.
Lula deve bater o martelo esta semana. Depois, o nome precisará passar pelo Senado, primeiro na Comissão de Infraestrutura, presidida por Fernando Collor, em seguida no plenário.
No bojo da disputa, contratos na área portuária e o número crescente de acidentes com navios de passageiros nos rios da Amazônia, que já teriam causado a morte de cerca de 180 pessoas.
Outros candidatos correm por fora. E todos tomam a bênção do senador José Sarney, que até agora diz que não se mete nesse angu. Será?
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