Nenhum direito foi dado às mulheres. Tudo foi conquistado com muita luta. No Brasil, em 1932 foi instituído o voto feminino, desde que a mulher fosse casada e tivesse a autorização do marido ou se fosse viúva “com renda própria”. Só em 1965, com o Código Eleitoral, é que puderam disputar eleições. Secularmente, as mulheres tiveram suas possibilidades profissionais limitadas ainda na infância, quando ouviam que algumas áreas não são “coisa de mulher”, como futebol, carro ou matemática. De modo velado, as expectativas das meninas eram ceifadas, frustrando vocações desde a mais tenra idade.
Muita coisa já mudou e a mulherada assumiu o protagonismo social, até mesmo por ser maioria na população. Mas ainda persiste a dificuldade de acessar postos relevantes no mercado de trabalho. E mesmo quando consegue esses cargos, via de regra os homens são mais bem remunerados e com mais responsabilidades, ainda que elas sejam mais preparadas ou se dediquem mais. Tentam diminuir, para que recue e desista. É como se as mulheres tivessem que provar o tempo todo que são boas no que fazem.
Mas os obstáculos não têm sido capazes de parar o avanço feminino nos vários setores profissionais, mesmo aqueles considerados seara masculina. As mulheres agora quebram paradigmas: assumindo profissões consideradas “de homens”, elas mostram que lugar de mulher é onde ela quiser. É o caso de Giselle Braz e Edilene Brasil, sócias da Pollaris Blindagens, empresa que comercializa veículos blindados, nicho predominantemente masculino, no qual são pioneiras em Belém do Pará. Jovens e mães de família, para elas é gratificante mostrar que não se trata de questão de gênero e, sim, de postura profissional, dominar uma atividade majoritariamente exercida por homens.
Assistam à entrevista feita pela editora do portal Uruá-Tapera, Franssinete Florenzano, com as duas empresárias.
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