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Os procuradores da República Ricardo Augusto Negrini e Daniel Azeredo Avelino anunciaram hoje o resultado de auditorias do Ministério Público Federal em 38 unidades de 26 empresas clientes da agropecuária paraense, a maioria frigoríficos responsáveis por 74% da capacidade de abate de gado. A medida é fruto de acordos assinados desde 2009 entre as empresas, o MPF e o governo do Pará – via Programa Municípios Verdes – com apoio da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

Foi apontada a necessidade de criação de mecanismos para evitar a compra do gado que nasce em áreas ilegais mas que é revendido por produtores rurais legalizados – a chamada “lavagem” ou “esquentamento”. 

Foram auditadas Agroexport Moju, Agroexport Tailândia, Aliança
Ativo Alimentos, BR Comércio de Carnes, Casfrisa, Coagro PA, Couro do Norte, Cruzeiro do Sul, Durlicouros, Flávio DR Nobre, ForteF, Frig Altamira, Frig Ribeiro, Frig Ribeiro (Santarém), Frigol, G&O Comércio, JBS Alta Floresta, JBS Araguaína, JBS Colider, JBS Marabá, JBS Redenção, JBS Santana do Araguaia, JBS Tucumã, MasterBoi, Mercúrio Ananindeua, Mercúrio Castanhal, Mercúrio Xinguara, Minerva, MR Souza Júnior, Planalto, Rio Maria, Santa Cruz Altamira, Santa Cruz Ananindeua, Santa Cruz Marabá, Socipe, Wellard, e Xinguara Indústria e Comércio.

Já as empresas Frinort Tomé Açu e MJ Novaes, apesar de terem celebrado Termo de
Ajuste de Conduta, não apresentaram a auditoria e nem qualquer justificativa razoável
para não fazê-la. T M da Silva de Carvalho – Frigorífico Novo Progresso EPP, Abatedouro de Bovinos Sampaio LTDA, José L. de Oliveira Eireli LTDA/Frivata Frig. Vale do Tapajós, Marfribe Indústria LTDA – EPP/
Matadouro e Frigorífico Bezerra, R. Barcelos Ribeiro ME Frigovan,
Frigonorte Acre e Uniboi Alimentos e Frigorífico São José não fizeram qualquer acordo e nem compromisso público de controle da legalidade
socioambiental de seus fornecedores e apresentam movimentação relevante, o que
pode comprometer negativamente todos os esforços de grande parte do setor na
regularização da atividade e na diminuição do desmatamento, conforme o MPF. Ademais, tais empresas
podem estar em condição vantajosa no que tange à livre concorrência caso se
comprove a aquisição de gado de origem ilegal. 

Por isso, os procuradores vão oficiar ao Ibama, para que fiscalize essas empresas, averiguando
inclusive possível responsabilidade de seus compradores; e
vão chamar os representantes legais das empresas para que compareçam ao
MPF.

Cliquem aqui e acessem os detalhes dos principais resultados auditados.

Leiam aqui  as principais recomendações.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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