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MPEG busca parcerias para salvar suas coleções

Primeiro lugar na lista elaborada pelo Comitê de Busca, o linguista Gabas Júnior assumiu pela terceira vez a diretoria geral do Museu Paraense Emílio Goeldi. Os desafios são enormes: foco principal dos estudos da instituição, a Amazônia sofre desmatamento recorde e degradação e o MPEG enfrenta uma das mais graves crises de sua história. Está à beira de um colapso, com apenas 181 servidores, dos quais 57 podem se aposentar a qualquer momento, o que reduziria o quadro a 124 servidores, 41% do que existia há dez anos. Três coleções não têm curadores e em duas delas não existe um só pesquisador em atividade, além do que pelo menos sete laboratórios fecharam e várias linhas de pesquisa restam abandonadas. Os edifícios que fazem parte da história do Pará e da Amazônia estão em acelerado processo de deterioração e muitos animais morreram nos últimos anos. A situação alarmante foi recentemente exposta pelo historiador e tecnologista sênior do Museu Emílio Goeldi, Nelson Sanjad, em artigo para o Jornal da Ciência, no qual denuncia o descaso do governo federal em relação à Amazônia na última década.

A indicação de Gabas foi anunciada ainda no dia 22 de fevereiro pela Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. Já no dia 23, ele e ela reuniram por videoconferência com o governador Helder Barbalho, quando discutiram a criação de um Grupo de Trabalho envolvendo o MCTI, o governo do estado e o Museu Goeldi para preparar a COP 30 em Belém, em 2025, e celebrar os 160 anos da instituição em 2026. O mesmo tema foi tratado no dia 25, com o chefe de gabinete do MCTI, Rubens Diniz, e a equipe do Museu Goeldi. Desde o anúncio público de seu nome, Gabas Júnior vem cumprindo agenda reuniões com instituições como o IPHAN e Secretarias do MCTI.

A recomposição de pessoal imediata, através de concurso temporário e de cessão de pessoal de outros órgãos é prioridade do novo diretor, ao lado da necessidade premente de revitalizar o Parque Zoobotânico, vitrine do Goeldi, que recebe cerca de 350 mil visitantes por ano e onde há o Centro de Exposições Eduardo Galvão e o aquário público mais antigo do Brasil, além de três edificações históricas que estão em ruínas. Já existem tratativas com o Ministério da Ciência e Tecnologia, o Governo do Pará e o Ministério das Cidades para um acordo de cooperação que viabilize recursos para a restauração desses prédios e equipamentos.

Entre os requisitos para concorrer à direção do Museu Paraense Emílio Goeldi figuram notório conhecimento e experiência profissional nas áreas de atuação da instituição, além de formação acadêmica de alto nível (no mínimo doutorado), experiência gerencial e notoriedade junto à comunidade científica. É preciso compromisso com o Plano Diretor do Museu e a Política Nacional de C,T & I, visão de futuro voltada ao crescimento do Goeldi e do Brasil, capacidade de liderança e competência para propor soluções e fortalecer a atuação do MPEG.

Gabas Júnior é pesquisador titular do Museu Paraense Emílio Goeldi, atuando na área de Linguística Indígena. Concluiu o doutorado em Linguística pela Universidade da California, Santa Barbara, em 1999. Fez pós-doutorado na Universidade de Antuérpia, Bélgica, em 2002, e na University of Oregon, em Eugene, em 2018-2019. Foi coordenador de pesquisa e pós-graduação do Museu Goeldi (2005-2009) e diretor por duas gestões (2009 a 2013 e de 2014 a 2018). É membro de diversos conselhos e entidades ligadas à sociobiodiversidade, no Pará e no Brasil e também membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC.

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1 comentário

  1. O Museu Emílio Goeldi além de ser uma representação da floresta amazônica no coração da capital, nos permite uma proximidade com a fauna, flora e povos nativos, seus costumes, sua cultura, enfim, um patrimônio de inestimável valor que precisa da união de forças para manter-se preservado.

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