Várias espécies de peixes, crustáceos, répteis, mamíferos e quelônios estão sendo dizimadas nos rios que banham o município de Santarém do Pará. A situação é muito grave na região de várzea e as imagens da tragédia ambiental são chocantes.
No Canal do Aramanaí e no canal que dá acesso ao rio Amazonas, na Comunidade Igarapé do Costa, milhares de peixes mortos boiam já em estado de decomposição. A mortandade deixou os comunitários da região desesperados, pois o peixe é o principal alimento dos moradores locais, além de fonte de renda.
No Lago do Muretá, em Alter do Chão; na comunidade Uruari, uma das 74 que sobrevivem da pesca artesanal na área do Lago Grande; no Arapixuna – comunidade Alto Jarí e Centro do Marimarituba; no Aritapera – comunidade Enseada; no Aritapera, no Tapará – comunidade Igarapé da Praia; e no Urucurituba, o cenário é o mesmo.
Em duas comunidades da região do Tapará, canais que eram navegáveis secaram, restando apenas poças de água que não servem para beber. Agora ali transitam carroças, ao invés de canoas e bajaras (pequenas embarcações muito comuns no interior da Amazônia).
No Igarapé do Costa, por exemplo, alunos da educação infantil que moram distante não estão indo à escola porque não têm como se deslocar.
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