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Foto: Agência Pará
Antes tarde do que nunca. Vítima da omissão do poder público, que permitiu a destruição do cocal e o avanço da especulação imobiliária desenfreada até junto às dunas, agora parte da ilha do Atalaia, em Salinópolis, no nordeste do Pará, será transformada em Unidade de Conservação Ambiental, como forma de frear a degradação da natureza e preservar para gerações futuras as características e o potencial turístico do local. A decisão foi tomada ontem, pelos próprios moradores, em consulta pública promovida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, na Câmara de Salinópolis. O município vai receber o curso de Engenharia de Produção de Petróleo e Gás da Universidade Federal do Pará e já começaram as pesquisas de oceanografia em alto-mar. Também já existe projeto de urbanização contemplando a orla e um estacionamento, além de um sistema de água e esgoto e o Plano de Manejo Sustentável da Ilha do Atalaia. Será possível fazer roteiros ecológicos, o que é impensável hoje em dia devido à falta segurança na área. 

Denominada “Monumento Natural Atalaia”, a Unidade de Conservação abrigará dunas, restingas, manguezais, lagos, furos e praias, numa extensão de 256,10 hectares. Agora que o projeto está aprovado pela população, a Sema irá redigir uma minuta de projeto de decreto com justificativas técnicas e todas as observações feitas pelos participantes durante a consulta pública. Os documentos serão encaminhados para a Consultoria Geral do Estado, que vai elaborar o parecer jurídico e encaminhar para o governador Simão Jatene homologar. A partir daí inicia a implementação, que envolve o plano de manejo, projeto executivo, infraestrutura e demarcação física. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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