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A promotora de justiça de Curralinho, Nayara Santos Negrão, pediu a suspensão da distribuição do livro didático “Enquanto o Sono Não Vem”, de José Mauro Brant, nas escolas públicas municipais, para crianças na faixa etária de 6 a 8 anos de idade. Alega que aborda a história de um pai que decide casar com uma das filhas. E como a situação de crimes sexuais envolvendo crianças e adolescentes no âmbito familiar é recorrente no Marajó, ficou preocupada e entendeu haver necessidade de analisar tecnicamente sua prejudicialidade ou não. O Grupo de Apoio Técnico Interdisciplinar do MPPA (Gati) deverá apresentar relatório elaborado por um pedagogo. Mas a Secretaria Municipal de Educação já informou ter cancelado a distribuição da obra literária. 

Há um mês, em meio a grande polêmica, o ministro da Educação, Mendonça Filho, mandou recolher o livro das escolas públicas. É que um dos contos aborda o tema incesto, considerado impróprio para crianças de seis a oito anos de idade. “A triste história de Eredegalda” fala sobre o desejo de um rei casar com a mais bonita de suas três filhas. Diante da negativa, a menina é castigada e acaba morrendo de sede. A personagem pede a ajuda da mãe e das irmãs, que nada fazem, por medo das ameaças de morte do rei.

Professores e pais de alunos em todo o País questionaram o conteúdo, o que levou o MEC a encomendar parecer técnico e jurídico à Secretaria de Educação Básica, que considerou a temática inadequada para crianças em idade de alfabetização. 

Com a decisão, os 94 mil exemplares adquiridos pelo MEC serão redistribuídos para bibliotecas públicas. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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