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A frente fria que cobre o Brasil parece ter excluído só o Pará. O aeroporto de Val-de-Cans já dá um susto em quem chega: o calor é de escorrer a gordura da pele e do cabelo e encharcar as roupas, tal qual nos fantásticos contos de Gabriel García Márquez. Superlotado, pior ainda. O chafariz que poderia amenizar a temperatura não funciona. A água no laguinho, parada, é verde de algas e imundície, um convite a doenças infectocontagiosas. Está há anos assim. Quando o avião estaciona fora das pontes de embarque após as 18h, os passageiros são obrigados a caminhar com bagagem e crianças, porque os ônibus param. No terminal sombrio, dez lojas já fecharam, inclusive o tradicional ponto de restaurante no segundo andar. Valha-nos, quem? A Infraero diz que está tudo funcionando. Privatização, já! O Pará não merece tanto descaso!
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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