O potencial de desenvolvimento das hidrovias no Brasil e a contribuição desse modal de transporte para reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa figuram em painel da conferência do clima da ONU em Copenhague, na Dinamarca.
Cálculos da Antaq indicam que, ao movimentar 42,6 milhões de toneladas de grãos via hidrovia, é possível reduzir as emissões de CO2 em 56% na safra 2018/19. A conta considera que para transportar esse volume de grãos via rodoviária os caminhões percorrem, em média, mil quilômetros até os portos, com emissão de 6,9 milhões de quilos de CO2. Já para movimentar a mesma quantidade de grãos por hidrovias a emissão é de 3,1 milhões de quilos de CO2, levando em conta a necessidade de transportar a safra, primeiro via caminhão, em trecho médio de 200 Km, e depois, via rios, por mais 1,2 mil Km, em média.
Para tanto, é preciso investir na construção, com recursos da União, de eclusas, obras de dragagem e derrocagens (retiradas de pedras) em diferentes hidrovias.
Na malha dos rios Tapajós-Teles Pires, obras estimadas em R$ 2,5 bilhões permitiram aumentar a navegação em 1,2 mil Km e ampliar a movimentação de grãos, atualmente de cerca de 400 mil toneladas a cada safra, para 12 milhões de toneladas.
Na Tocantins-Araguaia, com mais R$ 1,1 bilhão em investimentos, a hidrovia, que hoje não movimenta grãos, passaria a ter capacidade imediata de transportar 6 milhões de toneladas de produtos agrícolas.
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