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Hoje cedo, 5 viaturas com 25 policiais e 7 promotores de justiça, liderados pelo procurador de justiça Nelson Medrado, do Gaeco – Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado e do Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa e à Corrupção, do Ministério Público do Estado do Pará,  deixaram os políticos de Uruará, no Oeste do Pará, em polvorosa. A Operação “Japeusá”, de combate a fraudes em licitações e outras irregularidades, cumpriu mandados de busca e apreensão na Prefeitura, secretarias municipais e em residências de empresários locais.  Algumas pessoas foram detidas, por porte de arma de fogo sem registro. Os documentos  apreendidos serão periciados em Belém. A PM e a Polícia Civil dão apoio ao MP. 


O juiz Michel de Almeida Campelo determinou o afastamento do prefeito Everton Vitória Moreira, o Banha (SD), pelo prazo de 180 dias, e seus bens imóveis estão indisponíveis, no valor de R$ 22.251.375,02A polícia esteve na casa de Banha (ooops) em Uruará, onde não foi encontrado, e também na casa dele em Santarém, mas o prefeito está que nem Conceição, da célebre música eternizada por Cauby Peixoto: ninguém sabe, ninguém viu. 

O presidente da Câmara Municipal tem prazo de 24 horas para dar posse à vice-prefeita, Maris Nicolodi, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. 

Desvio de recursos, empresas ligadas a pessoas da administração que vendem para o município, fraudes na folha de pagamento são o cerne das acusações.  
O nome da operação alude a uma lenda Guarani. Japeusá é o terceiro filho de Rupave e Sipave, que se tornou o primeiro e maior dos mentirosos e trapaceiros. 


Vejam quem são os investigados:

LEA VIVIANNY SOARES: secretária de Finanças e
cunhada do prefeito. Acusada de sacar R$100 mil em espécie da conta da
prefeitura alegando que seria para o pagamento da folha . Só que a folha é
paga diretamente em banco. Lea também é esposa do dono de uma loja de
informática (JR Infomática) que teria sido beneficiada por licitações
irregulares.
JR INFORMÁTICA: nos 3 primeiros anos da gestão
do prefeito a empresa foi vencedora de licitação para manutenção de máquinas e
fornecimento de material, com preços acima dos valores de mercado.
SANTOS E RABELO LTDA. – ME: empresa beneficiada por
contratação irregular, inclusive por fornecer serviço que não constava em seu
objeto. Também pertence à Francisco José Soares Júnior, marido da secretária de
Finanças, Lea Vivianny Soares.
MARKA CONSTRUTORA: empresa acusada de fraudar
processo licitatório para a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento no
município.
SECRETARIA DE VIAÇÃO E OBRAS: teria realizado de
vários procedimentos e contratações irregulares.
DALVA BUENO PINTO: proprietária da empresa DB
Pinto, que tem vários indícios de licitações irregulares. O marido de Dalva é o
atual secretário de Adminstração e ex-secretário de Viação e Obras do
município.
DB PINTO EIRELI: empresa suspeita de ter sido
beneficiada com desvio de recursos públicos em licitações irregulares. Trata-se de uma micro empresa com faturamento superior
ao limite legal.
RICARDO RODRIGO VARGAS: proprietário das
máquinas alugadas ao município, sem contrato, e também sócio proprietário de
empresas com licitações irregulares.






Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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