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Julho chegou com Sol no signo do caranguejo e isso pode dizer um bocado sobre onde muitas coisas nos doem: a família.

A harmonia familiar nem sempre – muitas vezes, quase nunca – é lugar fácil de ser encontrado, são diversas nuances, muitas cabeças pensando, muitos traumas e carências juntos em uma casa e numa corrente de DNA. Aceitar que não é possível ser perfeito é o primeiro degrau de compreensão para que a família não se torne um câncer (metafórico ou não). O segundo, é compreender que não temos poder sobre as ações e, principalmente, as formas de sentir do outro.

Se estás sentido mais forte tuas relações familiares neste momento, é hora de olhar com carinho e parar de deixar pra lá. Vai doer? Sem dúvida. Talvez seja por isso que o signo que representa a família seja nomeado com um sinônimo de dor.

Se queres um conselho, procura um bom terapeuta e atravessa essa correnteza com um bote-salva vidas. E aqui entra a Constelação Familiar ou Constelação Sistêmica.

Sei que já ouviste coisas bem ruins sobre essa forma de tratamento, desde que seu autor era nazista até manipulação na esfera judiciária. Há polêmicas, sim, até porquê há charlatões em vários lugares e não é difícil pegar uma tema tão sério como a Constelação e deturpá-lo, infelizmente. Porém, o ponto chave é que essa é uma terapia que te faz olhar para o que é mais dolorido e que na maioria das vezes a gente nega.

Jamais vou dizer que a Constelação Sistêmica ou qualquer outra terapia vá curar tudo, mas questões tão pessoais quanto a esfera familiar podem sim ser tratadas com ela.

A grande chave para saber se essa é uma terapia pra ti é descobrir se estás disposta a olhar para o que te fere – tratar a ferida – ou se preferes deixar esse machucado apenas com o bandaid. E saber também que não é o fim do mundo se tua escolha for o bandaid. Dar conta de si não é tarefa das mais suaves e nem sempre a gente consegue se preparar pra dar conta.

O mais importante é saber até onde consegues ir, sem te culpar e sem culpar os outros. E lembra: não estamos aqui para ser mártires de ninguém, se queres ser heroína que seja pra salvar a ti mesma.

Olhemos com carinho para nossa família, para nossas dores, buscando respeito e os melhores pensamentos na busca da nossa própria morada de paz.

Dani Franco
Dani Franco é jornalista (MTB 1749), gestora cultura, oraculista (leitura de cartas e tarô) e aromaterapeuta (filiada à ABRAROMA nºS545)

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