Se o PNLT (Plano Nacional de Logística e Transportes) for implantado, trará elevados benefícios ao País. Este plano divide o Brasil em corredores de transportes, estabelecendo as rotas de menores custos para os principais produtos exportados e importados pelos empresários, priorizando desta maneira os investimentos onde realmente eles são necessários. O grande problema é como implantá-lo. O Ministério dos Transportes não tem a menor condição de fazê-lo, muito menos tem quadro de pessoal capacitado para tanto. Assim, o risco do PNLT ser esquecido nas prateleiras é grande.
A Antaq tem somente sete anos de existência e, neste tempo, muitos fatos a atrapalharam no exercício de suas funções. A criação da Secretaria Especial de Portos foi o maior exemplo disso, pois tirou da agência atribuições como a dragagem e indicação dos presidentes dos Conselhos de Autoridade Portuária (CAP).
É até salutar todos os modais de transportes serem vinculados a uma pasta só. O maior problema é ser vinculado ao Ministério dos Transportes atual. A criação da SEP foi realizada pela absoluta inércia do Ministério dos Transportes em cumprir as suas atribuições. Pode ter certeza que a saída dos portos da égide do MT, no momento atual, foi a melhor solução. Tudo ficou mais ágil e mais eficiente.
O grande problema no Brasil é que não temos uma cultura hidroviária, não se conseguiu atrair investimentos suficientes para o setor e ainda falta confiança do empresariado neste tipo de transporte. Outro problema é que as hidrovias estão, em sua maioria, afastadas das principais regiões produtoras do País. Por isso a importância da multimodalidade. O que afasta os empresários não é nem o pouco investimento, mas a falta de integração com outros modais.”(José Gerardo de Mesquita, engenheiro especialista em logística, funcionário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários -Antaq e ex-presidente do CAP de Suape, criticando o lobby rodoviário no Brasil, que impede a multimodalidade.)
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