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A palavra extra-comunitário deve ser banida tanto do vocabulário eclesiástico como do civil, porque evoca pensamentos maus e negativos, a figura de alguém que está fora do círculo de pessoas que se conhece e nas quais se tem confiança; encerra mentalidade de discriminação, é um termo que sempre foi usado de forma depreciativa, orienta formas distorcidas de se conceber a realidade“. (monsenhor Francesco Lambiasi, bispo de Rimini, durante a homilia da missa dos povos, momento de comemoração e fé dedicado aos imigrantes que vivem na cidade, na última terça-feira (06).

As declarações do religioso repercutiram na imprensa italiana. Lembrando as palavras do apóstolo São Paulo – Voi non siete più né stranieri né ospiti – o bispo denunciou que a palavra extra-comunitário está presente nos discursos, nos debates, nas conferências, nos artigos de jornais e começou a ser utilizada em referência principalmente a africanos. Ninguém ousa chamar um cidadão norte-americano ou suíço dessa forma, mesmo que legalmente o sejam, já que não fazem parte da União Européia. O dramático em relação ao termo é que, literalmente, ele significa fora da comunidade, e a fácil equação: immigrato uguale criminale.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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