Educação antirracista, Direitos Humanos e mudanças climáticas na Amazônia

Na próxima segunda-feira, dia 24, acontece em Santarém (PA) a segunda edição do seminário Diálogos em Educação Popular Antirracista, Direitos Humanos e Mudanças Climáticas na Amazônia: Rumo à COP 30. O evento inicia às 8h, no auditório das Promotorias de Justiça, e contará com palestras e a exposição fotográfica África: olhares curiosos”. A iniciativa é do Núcleo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial do MPPA, em parceria com o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional.

Miguel de Barros, sociólogo e pesquisador da Guiné-Bissau; o promotor de Justiça José Edvaldo Pereira Sales e o deputado estadual Carlos Bordalo são os palestrantes do primeiro painel, cujo tema é “Crise Climática e Direitos Humanos: Amazônia e África em Diálogos”. O segundo painel versa sobre “Direitos Quilombolas e Educação Popular em Saúde da População Negra no Pará”, tendo como palestrantes Jarbas Vasconcelos, secretário de Estado da Igualdade Étnico-Racial, e os professores e pesquisadores Hilton Pereira da Silva e Wilson Sabino.

O seminário é aberto à comunidade e tem como público-alvo lideranças sociais, integrantes do MP e defensores ambientais. O Nierac atua em todo o Estado do Pará, coordenado pela promotora de Justiça de Santarém, Lilian Braga, e integra o Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos do MPPA.

Graduado em Sociologia pelo Instituto Universitário de Lisboa, onde também se especializou em planejamento, Miguel de Barros trabalhou em órgãos como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa da Guiné-Bissau e o Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É membro do Conselho para o Desenvolvimento da Pesquisa em Ciências Sociais em África. As suas investigações abordam temas como juventude, voluntariado, sociedade civil, meios de comunicação social, direitos humanos, segurança alimentar, migração humana, literatura e rap. Diretor executivo da ong Tiniguena, dedicada à preservação do meio ambiente na Guiné-Bissau, fundou também a Corubal, cooperativa de divulgação de obras científicas e culturais no país. Foi eleito pela Confederação da Juventude da África Ocidental a personalidade mais influente de 2018. Também recebeu o prêmio humanitário Pan-Africano de Excelência em Pesquisa e Impacto Social.