A hora e a vez é das mulheres! O presidente dos EUA, Joe Biden, resistiu até aonde pôde, mas acabou jogando a toalha hoje (21) e anunciando apoio a Kamala Harris, sua vice. Mas o partido Democrata ainda vai fazer a escolha de sua candidata na disputa eleitoral, e Michelle Obama, apesar de já ter dito várias vezes que não quer ser presidente, continua a inspirar, a influenciar e a unir milhões de norte-americanos. Eleita por dois anos a mulher mais admirada do planeta, sua popularidade supera a de Barack Obama e ela é tida como a única capaz de bater Donald Trump nas urnas.
Socióloga formada na universidade de Princeton e graduada em Direito por Harvard, Michelle nunca foi sombra do marido e, ao longo dos oito anos em que viveu na Casa Branca, conduziu projetos voltados principalmente à cidadania e saúde. Entre eles, a defesa da educação e do direito das mulheres e ações de incentivo à alimentação saudável e prática de exercícios físicos, visando especialmente o combate à obesidade infantil. Mesmo longe da Casa Branca, Michelle continuou manifestando apoio a diversos movimentos sociais – entre eles, o “Me Too”. Para ela, é fundamental a união e o apoio mútuo entre mulheres, para que se façam as mudanças necessárias no mundo.
A preocupação com os jovens também permanece no radar de Michelle. Seu discurso incentiva que as minorias tenham autoconfiança e busquem a visibilidade.
“Não podemos esperar pela igualdade do mundo para começar a nos sentir vistos. Estamos longe disso, não vai dar tempo, não vai acontecer com um presidente, com um voto. Em vez disso, vocês precisam encontrar ferramentas próprias para se sentirem visíveis, para serem ouvidos”.
Kamala Harris, 59 anos, é a primeira mulher vice-presidente dos EUA. Formada em Direito e em Ciências Políticas, ela foi procuradora da cidade de São Francisco e, depois, do estado da Califórnia. Kamala também foi senadora pelo estado entre 2017 e 2020.
Mulher, negra e filha de imigrantes, Kamala não conseguiu a visibilidade e popularidade necessárias para enfrentar Donald Trump.
Comentários