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No dia 19 de outubro, das 19h às 22h, e no dia 20, das 9h às 12h, a Vila de Joanes, no Marajó, ganhará o Espaço Cultural Casa da Beira (que fica na Primeira Travessa, entre a Terceira e a Quarta rua, do lado da casa do Carlinho e D. Irene), parte da já tradicional Casa da Beira, um espaço de conexões e ativações culturais que oferece experiência de hospedagem, comandado pela artista e educadora Andréa Feijó e pelo arquiteto e fotógrafo Paulo Ribeiro. A inauguração será com a culminância do projeto “É do Meu Quintal que Vejo o Mundo: O Desenho Marajoara Estampado”, idealizado por Andréa Feijó, realizado em Joanes, no Caju-Una e em Cachoeira do Arari, e que tem como objetivo a valorização e preservação da cultura marajoara por meio de oficinas de estamparia artesanal, inspiradas nos motivos ornamentais da cerâmica marajoara.

A primeira etapa do projeto – que foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo – envolveu comunidades locais na confecção de artefatos, oferecendo aos participantes não só o aprendizado técnico, mas também uma conexão profunda com a história e os símbolos de sua ancestralidade. Embasados pelos estudos de Giovanni Gallo, os participantes criaram carimbos e exploraram a aplicação dos tradicionais desenhos em diversas superfícies, como tecidos e papel, o que resultou em estampas únicas, que refletem o talento e a dedicação dos envolvidos. “É do Meu Quintal que Vejo o Mundo” não é apenas uma ação artística, mas também um projeto que incentiva a economia criativa nas comunidades do Marajó. Ao promover oficinas e a produção artesanal com identidade cultural, a iniciativa fomenta a geração de renda e o empreendedorismo local, permitindo que as tradições se transformem em produtos que carregam história e valor simbólico.

Na exposição, a proposta é levar essa arte para o espaço urbano. Os participantes e visitantes serão convidados a aplicar os símbolos marajoaras em muros e paredes, em um grande ato de intervenção artística coletiva. Os visitantes poderão participar ativamente da exposição, colando lambe-lambes com os signos da cultura marajoara nas paredes do espaço cultural. Comunidade e visitantes se tornarão parte da obra, em um gesto de coautoria que reforça a conexão entre a arte e as tradições locais. Além disso, projeções audiovisuais criadas pelo @sintetico.abstrato irão iluminar as noites com imagens que retratam os símbolos e as cores do Marajó, proporcionando uma experiência sensorial imersiva. Toda a programação conta com o apoio da Galeria Azimute e da designer de iluminação Jade Jares, responsável pelo projeto luminotécnico da galeria. E, como todo evento marajoara que se preze, haverá roda de carimbó.

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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