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Breno Moab Lucena de Oliveira, 20 anos, de Santa Luzia do Pará, está internado na UTI do Hospital Lair Maya, em estado gravíssimo, e precisa de doação de sangue tipo O-. É uma tipagem rara, mas qualquer sangue serve, é só ir ao Hemopa e doar. O sangue pode salvar a vida de Breno, assim como vidas de muitas pessoas em idêntica situação. Não sejam solidários só com os conhecidos, doem vida!

Impossível não se emocionar com o relato dos familiares e amigos sobre a coragem do jovem Breno, que nunca esmoreceu na luta pela vida e nem desiste de seus sonhos: medalhista nas olimpíadas de Química e Física, aprovado nove vezes nas universidades de Belém com apenas 17 anos, cursa Engenharia Civil na Unama e também faz graduação no IFPA, e não quer que o tratamento atrase a sua formatura porque sempre sonhou em fazer mestrado e doutorado fora do País. Mesmo enfrentando quimioterapia intensiva, quer fazer as provas, concluir seus estudos. Debruça-se nos cadernos e livros, arruma tempo e disposição. Passou em todas as disciplinas. E pensar que há tanta gente por aí, saudável, com tempo e todas as chances de estudar mas não aproveita!

Breno mereceu demonstrações lindas de afeto: amigos e familiares rasparam a cabeça, foram para as praças, empresas e redes sociais pedir apoio e ajuda. Há quase três anos, a primeira fase do tratamento parecia ter sido bem sucedida, mas o câncer voltou, e ele precisa fazer transplante de medula. 

Ajudem o Breno a viver! Ajudem tantos outros pacientes anônimos que precisam igualmente de sangue e medula compatível. Todo e qualquer sangue é útil e muito importante.

A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação de 24 horas. A medula é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, que duram em torno de 90 minutos. A medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, amenizado com analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana após a doação. 

Há outro método de doação chamado coleta por aférese. Neste caso, o doador faz uso de uma medicação por cinco dias com o objetivo de aumentar o número de células-tronco circulantes no seu sangue. Após esse período, a pessoa faz a doação por meio de uma máquina de aférese, que colhe o sangue da veia do doador, separa as células-tronco e devolve os elementos do sangue que não são necessários para o paciente. Não há necessidade de internação nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos pela veia. A decisão sobre o método de doação mais adequado é exclusiva dos médicos assistentes, tanto do paciente quanto do doador, e será avaliada em cada caso.

Para se tornar um doador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, nem doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.

Doem sangue, doem medula, salvem vidas! 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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