Hoje é o Dia do Jornalista. Ao contrário do
que alguns equivocadamente imaginam, trata-se de profissão estressante, na
maioria das vezes mal remunerada e, no caso dos que se arriscam a buscar a
verdade e a publicar notícias desfavoráveis aos poderosos de plantão, muito
perigosa.
que alguns equivocadamente imaginam, trata-se de profissão estressante, na
maioria das vezes mal remunerada e, no caso dos que se arriscam a buscar a
verdade e a publicar notícias desfavoráveis aos poderosos de plantão, muito
perigosa.
Se no feriadão e no
dia seguinte você lê, ouve e assiste aos jornais do dia e tem a notícia
atualizada nos sites e blogs é porque jornalistas trabalharam sem folga. A corrida
pela informação da última hora e a pressão por passar a notícia rápido e sem
erros faz de nós um dos profissionais mais fadados a morrer de ataque cardíaco.
dia seguinte você lê, ouve e assiste aos jornais do dia e tem a notícia
atualizada nos sites e blogs é porque jornalistas trabalharam sem folga. A corrida
pela informação da última hora e a pressão por passar a notícia rápido e sem
erros faz de nós um dos profissionais mais fadados a morrer de ataque cardíaco.
Por causa das doenças de difícil diagnóstico precoce,
parte significativa dos jornalistas não alcança sequer a aposentadoria. Ademais, a
partir da implantação de novas tecnologias nas redações, os jornalistas se veem
cada vez mais diante dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho,
as temidas DORT.
parte significativa dos jornalistas não alcança sequer a aposentadoria. Ademais, a
partir da implantação de novas tecnologias nas redações, os jornalistas se veem
cada vez mais diante dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho,
as temidas DORT.
Além de a maioria trabalhar
muito mais do que está fixado na legislação, o tempo é mínimo para dedicar à vida
pessoal, e há que se falar das más condições de trabalho e da grande incidência
de assédio moral. Ambientes de pressão em obter determinadas informações,
o risco de demissão ao ser, eventualmente, furado
pela concorrência e a estafante rotina levam a problemas como síndrome do pânico, angústia e
depressão. Afinal, o cotidiano das redações é regado a pressa, café, cigarros, vida sedentária, um eterno adiamento da
consulta médica, consumo de antidepressivos e uma cervejinha depois do deadline.
muito mais do que está fixado na legislação, o tempo é mínimo para dedicar à vida
pessoal, e há que se falar das más condições de trabalho e da grande incidência
de assédio moral. Ambientes de pressão em obter determinadas informações,
o risco de demissão ao ser, eventualmente, furado
pela concorrência e a estafante rotina levam a problemas como síndrome do pânico, angústia e
depressão. Afinal, o cotidiano das redações é regado a pressa, café, cigarros, vida sedentária, um eterno adiamento da
consulta médica, consumo de antidepressivos e uma cervejinha depois do deadline.
Não à toa, depois
de um certo tempo, a memória do jornalista começa a falhar. Ao tentar falar, alguns
não conseguem emitir algo além de grunhidos. Sobrevêm as doenças
ocupacionais.
de um certo tempo, a memória do jornalista começa a falhar. Ao tentar falar, alguns
não conseguem emitir algo além de grunhidos. Sobrevêm as doenças
ocupacionais.
Enfim, o jornalismo faz mal à saúde. E isso tem
feito jornalistas repensarem sua qualidade de vida. Pelo menos todos deveriam tentar.
feito jornalistas repensarem sua qualidade de vida. Pelo menos todos deveriam tentar.
Como se não bastasse, os governantes e
políticos de modo geral se acham com poder de vida e morte sobre todos,
inclusive – e principalmente – os jornalistas. Julgam-se uns democratas até que
alguém os desgoste. Aí soltam seus demônios. Não hesitam em ligar para os donos
e pedir cabeças. E cabeças rolam. Às vezes nem é o
governante, é apenas um jabuti que
faz isso. E consegue.
políticos de modo geral se acham com poder de vida e morte sobre todos,
inclusive – e principalmente – os jornalistas. Julgam-se uns democratas até que
alguém os desgoste. Aí soltam seus demônios. Não hesitam em ligar para os donos
e pedir cabeças. E cabeças rolam. Às vezes nem é o
governante, é apenas um jabuti que
faz isso. E consegue.
A maioria dos políticos se embriaga com os
holofotes da mídia e não admite ser criticado. Ai de quem se atreve a apontar
os erros de sua gestão, de sua conduta, dos jabutis
que pendura na árvore da administração pública. Imediatamente adota o lema “quem não é a favor, está contra”, o
mesmíssimo da ditadura militar, que usava o slogan “Brasil: ame-o ou deixe-o”, em que “amar” era sinônimo de aceitação do arbítrio
institucionalizado e “deixe-o”, justificativa para as prisões e o exílio
– forçado ou voluntário – a que centenas de pessoas foram submetidas.
holofotes da mídia e não admite ser criticado. Ai de quem se atreve a apontar
os erros de sua gestão, de sua conduta, dos jabutis
que pendura na árvore da administração pública. Imediatamente adota o lema “quem não é a favor, está contra”, o
mesmíssimo da ditadura militar, que usava o slogan “Brasil: ame-o ou deixe-o”, em que “amar” era sinônimo de aceitação do arbítrio
institucionalizado e “deixe-o”, justificativa para as prisões e o exílio
– forçado ou voluntário – a que centenas de pessoas foram submetidas.
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