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Nunca na história da OAB-PA houve um 11 de agosto – data do aniversário da criação dos cursos jurídicos no Brasil, em 1827, por Dom Pedro I -,  tão sem motivos para comemorar. Ferida em sua credibilidade, a instituição está à deriva. Depois de manifesto público de repúdio pelo escândalo da venda do terreno da subseção de Altamira, e do pedido de intervenção feito por nove conselheiros seccionais, o presidente, Jarbas Vasconcelos, agora tem contra si parte do Conselho Federal, inclusive os paraenses Ângela Sales, Frederico Coelho de Souza e Roberto Lauria, que protocolaram hoje em Brasília pedido de afastamento.
Sobra vaidade e escasseia o bom senso, para não mencionar adjetivos mais graves que o caso enseja. Os princípios da moralidade e da impessoalidade, da segurança jurídica e da legalidade, legitimidade e licitude soçobram, jazem esmagados por uma escala de valores invertida. O Pará, que tantos juristas de renome teve – como o grande Orlando Bitar – e tem, como Zeno Veloso, não merece ter sua Ordem dos Advogados enxovalhada. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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