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Romancista, contista, cronista, poeta, jornalista e político, Dalcídio Jurandir nasceu em Ponta de Pedras, no arquipélago do Marajó, em 10 de janeiro de 1909, e faleceu no Rio de Janeiro, em 16 de junho de 1979. Publicou onze romances em vida, dez deles no que ficou conhecido como o Ciclo do Extremo-Norte (Chove nos Campos de Cachoeira, Marajó, Três Casas e um Rio, Belém do Grão-Pará, Passagem dos Inocentes, Primeira Manhã, Ponte do Galo, Chão dos Lobos, Os Habitantes e Ribanceira), além de Linha do Parque, que foi publicado também na Rússia. 

Premiado pela Academia Brasileira de Letras em 1972 pelo conjunto da sua obra, Dalcídio é estudado nas universidades e seus livros são de grande relevância para a cultura amazônica e brasileira. Fala da gente marajoara, dando ênfase ao ser humano, seus medos, angústias, sentimentos e sobrevivência. É uma literatura que vai além do simples retrato da Amazônia. Revela outro mundo, na imensidão do arquipélago, daí estar para a sua região assim como Graciliano Ramos, Jorge Amado e Érico Veríssimo para as suas. 

Dalcídio Jurandir atuou nos principais jornais de circulação regional e nacional em sua época. Integrou a icônica Academia do Peixe Frito, que reunia brilhantes intelectuais parauaras. O professor doutor Paulo Nunes, escritor e pesquisador, estudioso da obra dalcidiana e maior especialista no tema, curador do acervo Dalcídio Jurandir, defendeu sua dissertação de mestrado sobre “Chove nos Campos de Cachoeira”, organizou a edição do volume “Poemas Impetuosos”, de Dalcídio, prefaciou a reedição em 2017  de “Ponte do Galo” e é autor de “Dalcídio Jurandir, o reinventor do caroço de Tucumã”.  Em 2016, a confraria Sociedade Amigos da Academia do Peixe Frito instituiu 16 de junho o Dia de Alfredo, para celebrar a literatura desse ilustre marajoara.

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