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Em uma entrevista recente ao podcast do site iAM Sport, o ex-jogador romeno Adrian Mutu revelou detalhes sobre uma conversa que teve há dois meses com Cristiano Ronaldo, na qual o jogador português compartilhou sua verdadeira motivação para continuar se dedicando ao futebol. O objetivo pessoal que o mantém determinado a prolongar sua carreira seria atuar nos gramados ao lado do filho mais velho, Cristiano Ronaldo Jr., que tem 14 anos e joga na seleção de base do Al-Nassr, o mesmo time do pai, e também usa a camisa 7.

Mutu acredita que essa meta de Ronaldo é viável, principalmente se ele ainda estiver jogando pelo Al-Nassr: “bem, no Al-Nassr eu acredito que seja possível. Caso ele estivesse em outra equipe, como o Real Madrid, eu não sei. Acharia bem mais complicado”, afirmou Mutu, destacando as diferentes pressões e exigências das ligas europeias em comparação com o cenário do futebol saudita.

Com contrato vigente até o próximo ano, Cristiano Ronaldo já recebeu uma sondagem do time saudita para a renovação de seu vínculo. A ideia inicial é que ele continue atuando pelo menos até a Copa do Mundo de 2026, quando terá 41 anos. Nos últimos anos, vários jogadores têm expandido os limites de idade no futebol profissional. Na última Copa do Mundo, no Catar, o goleiro mexicano Alfredo Talavera atuou aos 40 anos. O recorde mundial até agora pertence a Essam El-Hadary, goleiro do Egito, que jogou na Copa do Mundo da Rússia em 2018 com 45 anos. Embora goleiros tendam a ter uma carreira mais longa, há casos de jogadores de linha, como o atacante camaronês Roger Milla, que jogou, aos 42 anos, na Copa de 1994 nos EUA. No Euro deste ano, o português Pepe esteve na escalação principal aos 41 anos, além do próprio CR7, que tem 39 e continua sendo o grande astro do time tuga.

Em entrevista dada à empresa de performance desportiva Whoop no último mês de maio, Ronaldo falou sobre a dificuldade que enfrentaria no caso da partida de casa de um filho ainda muito jovem, como foi o seu caso, que deixou a Ilha da Madeira ainda pré-adolescente para seguir o seu sonho e jogar no time base do Sporting, em Lisboa: “agora posso ver os meus filhos, o Cristiano, o meu filho mais velho. Não sei se serei capaz de o deixar ir com esta idade. Mais dois anos!”. O jogador acrescentou que, provavelmente, separar-se de sua família aos onze anos foi a parte mais difícil em termos profissionais de sua carreira e, por isso, vai fazer de tudo para alongar o tempo dos filhos no ninho.

Foto: (Yasser Bakhsh/Getty Images)

Roteiro do Complexo Feliz Lusitânia ao Ver-o-Peso

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