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A soltura de 44 mil quelônios no Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Tabuleiro do Embaubal, em Senador José Porfírio (PA), teve a participação especial de crianças autistas, que puderam auxiliar na escavação dos ninhos, retirada dos filhotes e na liberação das tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa), tracajás (P. unifilis) e pitiús (P. sextuberculata) no rio Xingu. Também participaram de uma gincana que promoveu o conhecimento e a conscientização sobre as três espécies que desovam lá. Através de atividades lúdicas e educativas, os pequeninos puderam aprender sobre as características e curiosidades dos quelônios, ampliando conhecimentos sobre a fauna local, e aproveitaram a oportunidade de conexão com a natureza e de ajudar na conservação do meio ambiente.

Através dessa experiência, as crianças puderam desenvolver habilidades sociais, motoras e cognitivas, além de fortalecerem sua autoestima e senso de pertencimento. Para a Associação TEA’s do Xingu, atividades do tipo são essenciais para o desenvolvimento e bem-estar delas, trabalhando a inclusão e a consciência ambiental de forma conjunta.

A fiscalização e monitoramento dos quelônios no Revis Tabuleiro do Embaubal são de responsabilidade do Ideflor-Bio, com o apoio de profissionais contratados pela Norte Energia, empresa responsável pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte, além da Semas Pará, do Ibama e do Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Pará.

Apesar dos cuidados e do esforço conjunto, a população de quelônios reduziu drasticamente desde as obras de construção da UHE-Belo Monte. O impacto na espécie foi direto e imenso. O Tabuleiro do Embaubal era o maior sítio de desova de tartarugas da América do Sul. E elas estão ameaçadas de extinção.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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