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Guamá, Terra Firme, Cabanagem e Icoaraci são os bairros que estão recebendo o Projeto Cores do Pará – Colorindo as favelas de Belém, desde o último dia 1º até o dia 17 de maio. A capacitação educativo-cultural, dividida em módulos teórico-práticos, beneficiará 700 jovens com atividades de formação em artes visuais como desenho, pintura, muralismo e grafite.

O Projeto, que já foi realizado em diversos municípios do Pará, objetiva proporcionar a reflexão sobre o combate à violência, levando à sensibilização, prevenção e discussão do tema entre os jovens de escolas e instituições sociais dos bairros beneficiados.

O Cores do Pará foi contemplado pelo programa “Rouanet nas Favelas”, resultado de parceria entre a Vale e o Instituto Cultural Vale, o Ministério da Cultura e a Central Única das Favelas (Cufa). A iniciativa visa fomentar a produção cultural em comunidades de grandes cidades brasileiras através de projetos aprovados na Lei Federal de Incentivo à Cultura.

“Nós viemos com o intuito de mudar a vida de jovens da periferia de Belém, trazendo à tona a questão da violência através de conversas, debates e das artes visuais. Afinal, os bairros por onde iremos passar apresentaram os maiores números de homicídios intencionais nos últimos três anos, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará, em 2023”, explicou André Monteiro, produtor cultural e arte-educador que coordena o projeto.

A iniciativa tem dois momentos: 1) teoria das artes plásticas, com foco em desenho à mão livre e pintura básica, além dos debates sobre diversos temas transversais, como acessibilidade, política, ética, cidadania, meio ambiente e a “cultura da paz”; e 2) vivências em artes visuais, quando os envolvidos irão revitalizar, através de “mutirões culturais”, muros, casas, paredes e escolas, substituindo a pichação e a sujeira por obras de arte.

“A pintura em muralismo e grafite é responsável por estimular a comunicação, a criatividade, a sensibilidade, além de aumentar a capacidade de concentração e de expressão. E os jovens participantes terão a oportunidade e acesso a todos esses benefícios, que contribuirão para seu desenvolvimento humano”, explicou André Monteiro.

As inscrições foram realizadas em escolas dos bairros, locais onde serão realizadas as oficinas. O público alvo da iniciativa inclui os alunos das escolas e a comunidade em geral dos bairros por onde o projeto irá passar.

VEJA AQUI AS ESCOLAS E BAIRROS CONTEMPLADOS:

Escola Padre Leandro Pinheiro – Guamá: 1 a 9 de abril

Escola Mario Barbosa – Terra firme: 14 a 25 abril

Escola Cônego Batista Campos – Cabanagem: 28, 29, 30 de abril / 2 a 7 de maio.

Escola Poranga Jucá – Icoaraci: 12 a 17 de maio

O programa foi criado em 2023 pelo Ministério da Cultura e visa fomentar atividades que desenvolvam o setor econômico criativo nos territórios de favela das cidades brasileiras de Belém (PA), São Luís (MA), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Goiânia (GO). Destinado à criação de uma linha específica de financiamento, que tem por objetivos democratizar, descentralizar e regionalizar o investimento cultural, realizado com recursos incentivados da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991 – Lei Rouanet, o Rouanet nas Favelas pretende ampliar as ações afirmativas e de acessibilidade, incrementando o investimento cultural nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, em projetos de impacto social e econômico relevantes. Além disso, promove ações culturais em territórios que apresentam menores investimentos históricos com incentivos fiscais oferecidos pelo mecanismo de Incentivo a Projetos Culturais previsto na Lei Rouanet.

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