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Hoje é o Dia Nacional de Combate e Prevenção aos Acidentes com Escalpelamento, instituído por lei com o propósito de alertar sobre os riscos de acidentes em barcos que navegam com o eixo do motor exposto.
A região Amazônica registra em média 80% dos casos, principalmente com mulheres e meninas adeptas de cabelos compridos. O escalpelamento acontece por que o eixo que transfere a força do motor à hélice passa pelo meio da embarcação, girando a uma velocidade de 2.500 rotações por minuto. Se enroscar cabelos, arranca couro cabeludo, orelhas e a pele do rosto das vítimas. Há registros de homens e meninos que sofrem mutilações genitálias. Algumas ocorrências evoluem a óbito.
As estatísticas no Pará revelam que 245 escalpeladas, no período de 1982 a 2010, são oriundas dos municípios do Marajó, região Metropolitana, Nordeste, Baixo Tocantins e Tapajós.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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