A OAB-PA deve explicações à sociedade parauara. Seu presidente, Jarbas Vasconcelos, enviou ofício à governadora Ana Júlia Carepa alertando para o absurdo que é o Estado entregar mais um hospital regional à OS do ex-deputado estadual Luiz Afonso Sefer, condenado por estupro de uma criança de 9 anos, e afirmando que a Ordem iria tomar as providências legais. À réplica da governadora, informando que Sefer não integra, oficialmente, a OS, o vice-presidente da OAB-PA, Alberto Campos, oficiou desmentindo o que afirmara o titular da entidade.
Ora, por dever de ofício, o presidente da OAB-PA conhece a lei, e jamais poderia se dirigir em caráter oficial à governadora cobrando uma postura se não tivesse absoluta certeza de que é a correta.
Num Estado em que Carlos Medeiros, o maior latifundiário – detentor de certidões de registro a rodo de terras griladas – simplesmente não existe como ser humano, é uma ficção gerada pela fraude e corrupção; em que as operações da Polícia Federal volta e meia desnudam esquemas de laranjas em empresas forjadas para desfalcar o erário; em que o nepotismo sobrevive cruzado, e no qual o povo assiste, indignado e desencantado, o toma-lá dá-cá, é intolerável que a OAB-PA, integrante do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, se comporte de tal maneira.
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