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O distrito de Alter do Chão, em Santarém, cenário paradisíaco com suas praias de rio e floresta, é o palco a partir de amanhã, 18, do Festival de Cinema Latino-Americano Cine Alter. Serão seis dias de programação intensa, com exibições presenciais até o próximo dia 23, de mais de 50 filmes, entre longas e curtas-metragens internacionais, nacionais e regionais, além de muita música com artistas da terra. A mostra virtual se estende até o dia 25.

A iniciativa é destinada a promover o intercâmbio de saberes, conhecimentos e difusão do cinema e audiovisual, formar plateia e profissionais locais que venham a se integrar no mercado com conteúdos que contribuam para divulgar a cultura amazônica, priorizando um recorte identitário e territorial, distribuídos em uma mostra competitiva e quatro paralelas, na qual os vencedores de melhor longa e melhor curta serão agraciados com o Troféu Muiraquitã. O Festival é realizado por organizações socioculturais da região, num modelo de gestão integrada e colaborativa.

As Mostras Samaúma, Açaizeiro, Seringueira, Castanheira e Ypê abordam a vida em suas várias formas, a estrutura social, ambiental e cultural da América Latina e seus povos. O cotidiano, desafios, alternativas, vivências diante da pandemia e outras crises. São obras reflexivas, mas com espaço para o entretenimento no contexto contemporâneo. Produções feitas por paraenses, de linguagem livre, que exploram essas especificidades, retrato e relato dos povos tradicionais. Clássicos feitos por amazônidas e sobre amazônidas, sua cultura, suas vivências e desafios. Obras históricas, sem necessariamente serem antigas, mas que tenham provocado impacto no cinema da Amazônia em nível regional ou local. Histórias de periferia e comunidades locais de projetos de formação em audiovisual, com linguagem experimental, produções de baixo custo e equipamentos alternativos.

A abertura oficial será com o rito do Sairé, seguido do filme A Última Floresta, noite musical com Quinta do Mestre e a Sereia, Mestre Osmarino e Chicão Malta. Na sexta-feira a maratona começa com Agarawaitá: Histórias da Amazônia Aykeuara: A Ressurreição de Um Povo. Depois, Boi Pavulagem é Boi do Mundo, Assustado, Matinta, Rio das Amarguras; Meus Santos Saúdam Teus Santos, Alternativas Felizes, Para Quando o Sol Não Vem, A Benzedeira, O Barco e o Rio. A noite musical entra pela madrugada com Chorinho da Dona Glória, Lambateria, Kuatá de Carimbó, Priscila Castro, Zek Picoteiro e Patrícia Lima.

No dia seguinte vai ter As Hiper Mulheres; O que é Sairé?, Minha Vida Por Um Fio e Facão Que Abre Os Caminhos; Manual como Conter uma Raça Poderosa Megg, A Margem Que Migra Para o Centro, Meninos Rimam, e Os Irmãos Afro. Em seguida, noite musical com Jow Pierre Dan Selassie.

A mostra segue com Ervas e Saberes da Floresta, Ribeirinhos do Asfalto, A Guerreira Gavião, Idayuá: As Cores do Xingu, Utopia Ailin na Lua Alunagem, O Mago Georges La Ramada, e Mãe de Todas as Lutas. Noite Cultural com El Puxirum e Felipe Cordeiro.

Na segunda-feira, 22, serão exibidos os filmes Medo da Chuva em Noite de Frio e A Pedreira. A noite cultural será com Mestre Paulinho Barreto e Tatu Kanastra Naieme. E na terça-feira dia 23 serão exibidos O Mistério da Mangueira, Turismo no PAE Lago Grande, Mulheres da Periferia e Suas Lutas, O Pescador de Akayú, O Kurumim Pretinho, O Castigo de João Pescador, Os Guimarães, O Menino Encantado, A Quinta do Mestre e a Sereia .

 A sessão de encerramento terá Me Chama Que Eu Vou, Noite Cultural em homenagem a Sebastião Tapajós, com show de Andresson Dourado e convidados, As Karuana Suraras do Tapajós e a Exposição Sebastião Tapajós, por Vanessa Barros. A cerimônia final vai exibir, ainda, Me Chama Que Eu Vou, de Joana Mariani; Um Dia Qualquer, Ver o Peso Açaí com Jabá, Naiá e a Lua, Nossa Força é a Nossa União e Meu Tempo Menino, filmes de Líbero Luxardo, Emanoel Loureiro, Paulo Maldos, Januário Guedes, Sônia Freitas, Peter Roland, Alan Rodrigues, Marcos Daibes e Walério Duarte, e Leandro Todashi. Muitos artistas do cenário nacional já confirmaram presença no festival.

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