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Um anúncio chocante, de trabalho infantil, trabalho análogo ao de escravo e adoção ilegal, veiculado no jornal Diário do Pará, foi denunciado hoje cedinho por um advogado à presidente da Associação dos Magistrados Trabalhistas da 8ª Região, juíza Claudine Rodrigues. Nos classificados, um casal que se diz de empresários, moradores apto. 202 do Condomínio Viver Castanheira, localizado na BR-316, perto do Viaduto do Coqueiro, ao lado da Amepa- Associação dos Magistrados do Pará, anuncia a “adoção” de menina de 12 a 18 anos, para morar com eles e cuidar de um bebê de um aninho. A juíza – que através da Amatra8 desenvolve o projeto Trabalho, Justiça e Cidadania, justamente em prol da infância e da juventude – ligou pessoalmente, do telefone institucional, sem se identificar, e confirmou a veracidade da denúncia. A pessoa que atendeu ao telefonema disse que o casal precisava de uma babá “com as exigências que estavam no jornal” (criança de 12 a adolescente de 18 anos, que resida no emprego). Quando a magistrada perguntou se a candidata poderia ter mais de 18 anos, ouviu um sonoro “de jeito nenhum!”. E na hora em que indagou o nome do contratante o homem desligou o telefone. As juízas do trabalho Zuíla Dutra e Vanilza Malcherque coordenam a campanha de erradicação do trabalho infantil do TRT8 e TST, já entraram em campo, também. Acionado com a cobrança de providências urgentes, o diretor geral da RBA, Camilo Centeno, prometeu que “tomaria as medidas necessárias imediatamente”. Amanhã mesmo será instaurada investigação pelo Ministério Público do Trabalho contra as pessoas físicas e o veículo de comunicação, já adiantou a procuradora-geral do MPT, Gisele Góes, e o Ministério Público do Estado também deverá ajuizar uma ação.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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