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Belém do Pará amanheceu caótica, alagada e com o trânsito parado. Foi muito difícil para todo mundo chegar ao trabalho. De acordo com a Defesa Civil Municipal, das 7h às 9h de hoje o índice pluviométrico em Belém atingiu 80,8 mm. Esse volume de chuva corresponde a quase seis vezes o esperado para um dia inteiro neste período. O quadro foi agravado porque às 8h23, de acordo com o Centro de Hidrografia da Marinha, a maré em Belém atingiu volume máximo de 2.9 metros de altura.

Pouco antes do horário de pico, as comportas dos canais foram fechadas automaticamente para que a água não avançasse sobre a cidade. Mas os canais não suportaram a pressão e acabaram transbordando. Equipes da Secretaria Municipal de Saneamento identificaram pontos de obstrução provocados por lixo descartado de forma criminosa, além de construções irregulares sobre canais. 

Nas bacias do Tucunduba e da Estrada Nova obras de macrodrenagem realizadas pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de Belém estão sendo realizadas para possibilitar o escoamento da água da chuva e acabar com alagamentos em diversos bairros. Em Belém, faltando contabilizar dois dias, o mês de fevereiro já supera em 58% o volume de chuva esperado. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) até esta segunda-feira já choveu 648,3 mm, quando a média histórica é de 412,5 mm. Felizmente o dilúvio cessou e o sol voltou a brilhar.

Os principais pontos de alagamento são na rua dos Mundurucus com Av. Alcindo Cacela, rua dos Pariquis, nas esquinas com Trav. 14 de Março, Quintino Bocaiúva e todas as após a Alcindo Cacela;, Av. Marechal Hermes, entre Visconde de Souza Franco (Doca) e Trav. Rui Barbosa, Trav. 3 de Maio com Domingos Marreiros, Trav. 9 de Janeiro,  rua Domingos Marreiros com Doca de Souza Franco, avenidas Pedro Miranda, Marquês de Herval, Conselheiro Furtado, Avenida Roberto Camelier e João Paulo II após a Av. Doutor Freitas. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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