0

A Universidade da Amazônia outorgou o título de Doutor Honoris Causa ao jurista, filósofo, jornalista, economista, teólogo, escritor, pesquisador e professor Octávio Avertano de Macedo Barreto da Rocha. Trata-se da máxima distinção concedida pela Universidade. A honraria foi atribuída em reconhecimento ao destaque singular e sua contribuição às artes, à ciência, às letras, à educação e exemplo para a comunidade acadêmica e a sociedade em geral.

Em seu pronunciamento, a reitora Betânia Fidalgo Arroyo acentuou o legado de Octávio Avertano Rocha, em diversos sentidos, ao Estado do Pará, à Amazônia e ao Brasil. Ela enfatizou que o respeitado e admirado mestre foi escolhido por professores da graduação e do mestrado em Direitos Fundamentais da Unama, via Conselho Universitário da instituição. Houve uma análise minuciosa da trajetória profissional do agraciado, aprovada à unanimidade pelo Consun. “O Doutor Honoris Causa é uma homenagem concedida a profissionais e autoridades que ofereceram contribuições significativas para a coletividade. É uma honraria entregue somente por universidades. O professor Octávio Avertano Rocha foi agraciado pela influência e dedicação ao jurídico e ao saber”, afirmou.

Aos 88 anos, Octávio Avertano Rocha é membro ativo da Academia Paraense de Letras (Cadeira nº 37), do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (Cadeira n° 39) e da Academia Paraense de Ciências. Escreve semanalmente o Vana Verba, publicação digital. Doutor em Direitos Fundamentais e professor de Filosofia e Direito da Unama, ele seguiu os passos de Avertano Rocha, seu pai, que também foi acadêmico e presidente da Academia Paraense de Letras. “Estou feliz, muito feliz! Iniciei meus estudos de Filosofia com o meu pai, que era professor de Filosofia do colégio estadual Paes de Carvalho, eu me sinto um seguidor da linha de meu pai”, disse o professor, ao agradecer o título.

Procurador aposentado do município de Belém, foi suplente de senador, diretor presidente do jornal “O Estado do Pará”, jornalista profissional, inscrito no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Pará desde 11 de janeiro de 1962, sob o n° 131-124896, advogado militante com escritório próprio, professor assistente de Benedito Nunes na Universidade Federal do Pará e nos Colégios Moderno (extinto), Gentil Bitencourt e outros, Avertano Rocha exibe admirável lucidez e produção intelectual. É Comendador da Ordem do Mérito Jurídico do Trabalho, detentor também da Comenda Francisco Caldeira Castelo Branco, condecoração magna da Prefeitura de Belém; Medalha e Comenda de Mérito, da Câmara Municipal de Belém; títulos de Cidadão Honorário dos municípios de Santarém, Oriximiná, Bragança, Capanema e outros; e Medalha Palma de Ouro da Universidade Federal do Pará.

São Doutores Honoris Causa da Unama os saudosos Armando Dias Mendes, Carlos Alberto Menezes Direito, Jarbas Gonçalves Passarinho e Zeno Augusto de Bastos Veloso, além de Eugênio Raul Zaffaroni, Rider Nogueira de Brito, Milton Augusto de Brito Nobre, Paulo Dias de Moura Ribeiro e Georgenor de Sousa Franco Filho.

Orador oficial da solenidade, o decano do Instituto de Ciências Jurídicas da Unama, desembargador do Trabalho do TRT da 8ª Região, professor doutor titular de Direito Internacional e do Trabalho, presidente honorário da Academia Brasileira de Direito do Trabalho, membro da Academia Ibero-Americana de Derecho del Trabajo y de la Seguridad Social, da Academia Paraense de Letras, da Academia Brasileira de Seguridade Social, da Asociacion Ibero-Americana de Derecho del Trabajo y de la Seguridad Social e da Academia Paraense de Letras Jurídicas, realçou que Octavio Avertano está na APL desde 1982, dando sequência ao trabalho de seu pai, que foi um dos maiores professores do Pará, o saudoso mestre Avertano Rocha, a quem teve a honra de conhecer, e que denomina uma das ruas centrais de Belém.

“Com formação ampla, Octávio Doutor Honoris Causa Octavio Avertano Rocha transita com invulgar conhecimento nessas áreas do conhecimento humano, tendo sido professor do secular Colégio Estadual Paes de Carvalho e Suplente de Senador da República do Brasil. Octavio Avertano é pai de Nelly Meriam Paiva Barreto da Rocha, que lhe deu os netos Francisco Octavio e Thales José, Ana Cecília Barreto da Rocha Calfat, que lhe deu a neta Nelly Cecília, Isadora Octavia Frederica Augusta Avertano Rocha, que lhe deu as netas Octavia Eduarda e Hanna; e também Manoella Octavia Leopoldina Maria Avertano Rocha e Octavio Avertano Rocha Segundo. Com esses cinco filhos e cinco netos, cultiva o amor singular da sua mulher, Nalva Avertano Rocha.

Lembremos que Octavio Avertano dirigiu, nos anos 60 e 70, uma das maiores bancas de advocacia do país, assessorando sobretudo o grupo Jari, dirigido pelo empresário norte-americano Daniel Ludwig, com sua famosa Jari Florestal e Agropecuária, projeto que ocupava área de 16 mil Km2, e a construção da cidade de Monte Dourado, que está no limite entre Pará e Amapá.

Nos anos 70, dirigiu o jornal O Estado do Pará, servindo de marco de incentivo aos escritores e jornalistas paraenses, que podiam usufruir de suas páginas, na época em que não havia manias digitais e todos tínhamos leitura aprimorada nos jornais de papel.

Pertencente a várias entidades culturais e científicas brasileiras e estrangeiras, sendo inclusive professor visitante da Academia Portuguesa de História, e homenageado por diversas instituições nacionais e estrangeiras, possui igualmente expressiva obra intelectual, destacadamente os seus recentes artigos filosóficos que intitulou Vana Verba, que de vazias nada possuem, ao longo dos quais alinha seus pensamentos e suas considerações filosóficas de altíssimo nível, reveladores de sua singular cultura e sabedoria.

Octavio Avertano é um pensador, um filósofo, um jurista. Engrandece a Academia Paraense de Letras e agora vem engrandecer o grupo de Doutores Honoris Causa da Universidade da Amazônia”, asseverou Georgenor de Sousa Franco Filho. A cerimônia foi prestigiada pelo mundo oficial, jurídico, acadêmico e cultural do Pará, e a reitora Betânia Fidalgo Arroyo fez questão de dividir a presidência dos trabalhos com o venerando e eterno reitor da Unama, professor Edson Franco, membro da Academia Paraense de Letras e da Academia Paraense de Jornalismo, cujos membros estavam presentes, tendo integrado o dispositivo oficial, além do Consun, o desembargador aposentado Milton Nobre, ex-presidente da OAB, do Tribunal de Justiça do Pará e do Colégio de Presidentes dos Tribunais de Justiça, membro da Academia Paraense de Letras Jurídicas; a presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, professora Anaíza Vergolino; o presidente da APL, advogado, professor, escritor e pesquisador Ivanildo Alves; o professor doutor Edmilson Rodrigues, prefeito de Belém, que também se pronunciou, e o secretário de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos, Jarbas Vasconcelos do Carmo. O advogado Joaquim Figueiredo, amigo de longa data do homenageado, também lhe prestou tributo. Zenaldo Rodrigues Coutinho ganhou carinhosa referência de Avertano Rocha, pela amizade ao longo de sessenta anos que os une.

Museu do Estado do Pará sob nova direção

Anterior

A persistência da memória

Próximo

Você pode gostar

Mais de Notícias

Comentários