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Em quase sessenta anos de existência, a Apae Belém já encarou diversos desafios, superados com muita dedicação, solidariedade e generosidade. Atualmente, a instituição enfrenta dificuldades que afetam diretamente o atendimento. As doações diminuíram muito em razão da pandemia. Recentemente, o deputado Igor Normando visitou a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Belém e conversou com o presidente da entidade, Emanoel Ó de Almeida, e sua equipe, sobre os projetos focando na capacitação e cultura de pessoas com deficiência intelectual e múltipla e autismo, de todas as faixas etárias, desde o recém-nascido até aquelas em processo de envelhecimento. Na ocasião, o parlamentar ficou sensibilizado com as necessidades e reafirmou seu compromisso de trabalhar pela causa.

Fundada em 30 de novembro de 1962 por um grupo de pais, amigos e profissionais, a Apae Belém tem natureza jurídica privada e de caráter socioassistencial, e é reconhecida por lei de utilidade pública federal, com registro no Conselho Nacional de Assistência Social e filiada à Federação das Apaes do Estado do Pará e à Federação Nacional das Apaes.

Com atendimento humanizado e foco no fortalecimento de vínculos familiares, a Apae Belém oferece acolhida diferenciada no atendimento psicossocial, e em escuta individualizada, reuniões e rodas de conversa, desenvolve relações de afetividade, solidariedade e respeito mútuo, além de oportunizar o debate e momentos de reflexão acerca dos direitos da pessoa com deficiência. O resultado é o maior envolvimento das famílias na comunidade, além da autonomia e autogestão dos pacientes.

Começou a valer a partir de 1º de janeiro deste ano a nova Classificação Internacional de Doenças – a CID-11, anunciada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Na prática, significa a possibilidade de acompanhar a incidência dos mais diversos tipos de doenças e transtornos e seus tratamentos. As principais mudanças relacionadas à saúde na infância estão na classificação de casos de autismo, que permitem uma assistência mais individualizada aos pacientes. O que muda basicamente sobre o autismo é que a CID passa a considerar o nível intelectual e a linguagem de cada criança. Antes, essa classificação era mais genérica, o que não permitia individualizar o diagnóstico e, portanto, o tratamento. Agora, cada perfil será analisado de acordo com sua particularidade.

A individualização é importante para que as crianças tenham garantidos os seus direitos a terapias mais específicas. Isso pode mudar a assistência, e o tipo de terapia que o convênio deve cobrir, o número de sessões, por exemplo. O código certo garante assistência adequada.

O Programa de Autogestão e Autodefensoria implantado pela Apae Belém favorece o desenvolvimento dos alunos em diferentes aspectos, para que alcancem sua autogestão e consigam realizar seus deveres e a autodefesa de direitos, tornando-se cidadãos conscientes e ativos. Para tanto, são oferecidas orientações e atividades que possibilitam a eles a construção de conhecimentos e habilidades para o exercício da autonomia, promovendo participação em diferentes contextos sociais, a fim de lhes possibilitar experiências reais de vida em que possam fazer escolhas, expressar ideias, desejos, manifestar-se por meio de diferentes linguagens, exercendo sua cidadania.

O autodefensor tem a função de defender os interesses dos demais colegas da Apae, sugerindo ações de aperfeiçoamento. Funciona como porta-voz de seus companheiros diante à diretoria da instituição e à sociedade. Atualmente, a Apae Belém tem como autodefensores titulares Kassyo Matheus e Yasmin Tenório, e Silvana Pinheiro e Romeu Neto como Autodefensores Suplentes. A eleição acontece a cada dois anos.

Quem puder contribuir com a Apae Belém pode acessar a vaquinha virtual aqui.

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