1

A Assembleia Legislativa aprovou hoje o projeto de lei nº 397/2022, de iniciativa do governador Helder Barbalho, que aumentou para 19% o ICMS, alterando a lei estadual nº 5.530/1989, que disciplina o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. As comissões de Constituição e Justiça e de Fiscalização Financeira e Orçamentária deram pareceres favoráveis. A matéria tramitou em regime de urgência. No primeiro turno, a deputada Marinor Brito (PSOL) e o deputado Delegado Caveira (PL) foram os únicos a votar contra. Já no segundo turno, apenas Caveira manteve o voto. Marinor se ausentou. Havia trinta deputados no plenário.

O projeto foi alvo de polêmica nas redes sociais, por significar novo arrocho fiscal. Em sua Mensagem encaminhando o projeto ao presidente da Alepa, deputado Chicão, o governador Helder Barbalho justificou a medida antipática como necessária diante da perda de arrecadação nas receitas do Estado, em função da Emenda Constitucional n° 123, de 14 de julho de 2022, que determina o diferencial competitivo dos biocombustíveis destinados ao consumo final em relação aos combustíveis fósseis, para fins de ICMS. “A variação relativa à perda da arrecadação do imposto é de oito pontos percentuais até 13 pontos percentuais, que não se recupera com a elevação da alíquota modal para 19%. Contudo, a medida possibilita compensar parcialmente a referida perda nas operações e prestações citadas ao norte”, sustentou o governador, informando a perda de R$ 675 milhões no período de agosto a outubro, e que até o final deste ano o Pará acumulará perda em torno de R$ 1,125 bilhão. Helder garantiu, contudo, que o novo patamar do ICMS não afetará os produtos da cesta básica.

O Sindifisco, entidade que reúne os auditores e fiscais da Fazenda Estadual, manifestou apoio irrestrito ao projeto. Em nota oficial, declarou: “Estamos convictos de que, embora impopular, a mudança é absolutamente necessária para garantir o mínimo de capacidade financeira para fazer frente a tantas e tão prementes necessidades sob a responsabilidade do governo estadual”. O auditor fiscal Charles Alcântara, presidente da Fenafisco – Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital -, também endossa as justificativas do governador Helder Barbalho. Ele defende a medida, que considera reparadora, necessária e urgente, apesar de impopular e desgastante. E afirma que o golpe duro foi desferido pelo governo federal, quando reduziu o imposto para não mexer nos lucros dos acionistas da Petrobras.

Nós que não nos damos com ninguém

Anterior

Ata de avaliação de candidaturas para preencher três vagas na Academia Paraense de Jornalismo

Próximo

Você pode gostar

Mais de Notícias

Comentários