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Por
iniciativa do ouvidor e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da
Casa, a Assembleia Legislativa realizou sessão solene, com entrega de
honrarias, para celebrar os 105 anos da igreja evangélica Assembleia de Deus,
que surgiu em Belém do Pará e se espalhou no mundo inteiro. Este ano a grande
novidade da festa é a inauguração do templo histórico do Ver-o-Peso. A chamada
igreja-mãe já tem um centro de convenções em uma área de 40 mil metros quadrados
às proximidades do Estádio Olímpico do Pará Edgar Proença (Mangueirão), com
capacidade para abrigar mais de 20 mil pessoas. A exemplo do ano passado,
também este ano será feita, no próximo dia 18, a reconstituição do desembarque
dos dois missionários fundadores da igreja, com a multidão em trajes de época
na escadinha do cais do porto, ao lado da Estação das Docas, e caminhada que culminará
com culto na Praça da República.
Centenas
de pastores evangélicos lotaram a sessão, conduzida pelo presidente da Alepa,
deputado Márcio Miranda. O presidente da Convenção da Igreja-Mãe das Assembleias de
Deus no Brasil,
pastor Samuel Câmara, falou da extensa
programação, que inclui shows de cantores gospel, casamento comunitário, ações de
cidadania com a emissão de documentos, cortes de cabelo e outros serviços, desenvolvimento
de temas relacionados à família e inauguração do novo templo no Ver-O-Peso.
A
história da Assembleia de Deus no Brasil tem origem na iniciativa de dois
jovens missionários: Daniel Berg e Günnar Vingren, que partiram da Suécia rumo a Belém, onde desembarcaram no dia 19 de novembro de 1910.
Inicialmente,
eles criaram a primeira Igreja Batista, e em 18 de junho de 1911 fundaram uma
nova igreja, intitulada Missão da Fé Apostólica. Algum tempo depois, os
próprios membros decidiram denominá-la Assembleia de Deus. 
Em seu
pronunciamento, o deputado Raimundo Santos destacou uma das agraciadas, Honorata Andrade, líder da Missão das Mulheres, irmã de Isa
Cunha, parauara que lutou pelas liberdades democráticas durante a ditadura
militar instaurada em 1964, foi presa e torturada, e hoje denomina a comenda
pela qual o Poder Legislativo do Pará homenageia os que se destacam na luta
pelos direitos da mulher e da cidadania.
O
presidente Márcio Miranda também homenageou todas as mulheres através de
Honorata e reverenciou a memória de Isa Cunha, lembrando que ela tinha enorme
compromisso com as causas sociais e humanas, com os direitos de todos e foi
decisiva sua atuação para a organização popular, formação política e
consolidação dos movimentos sociais no Pará. Isa foi uma das fundadoras da
Sociedade Paraense dos Direitos Humanos (SDDH), e do Movimento de Mulheres do
Campo e da Cidade.








Os
deputados Lélio Costa e Silva e Olival Marques, que também são evangélicos, se
pronunciaram enaltecendo o trabalho de evangelização e o compromisso social da
igreja Assembleia de Deus, parabenizando o deputado Raimundo Santos por todos
os anos promover a sessão comemorativa.

O
coral
da Assembleia de Deus, regido pelo maestro
Filinésio Moreira Soares, apresentou vários números
musicais, inclusive de música de câmara, e também houve uma apresentação do coral
de surdos, que emocionou a plateia, e um clipe musical do deputado Raimundo Santos, que é instrumentista e 
cantor gospel.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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